Quem deve tomar a vacina contra a gripe? Todos os adultos e crianças com mais de 6 meses de idade, em especial as pessoas que fazem parte do grupo de risco: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, maiores de 60 anos, imunocomprometidos, pessoas de qualquer idade com doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, profissionais da saúde, indígenas e população privada de liberdade.
Quem não pode tomar a vacina contra a gripe? A vacina tem poucas contraindicações. A primeira é crianças com menos de seis meses; as doses devem ser aplicadas apenas em bebês maiores. Quem apresentou algum tipo de reação alérgica à vacina em outro ano não deve voltar a tomar. A dose da vacina contra a influenza também pode ser perigosa para quem já teve a síndrome de Guillain-barré, uma doença autoimune que pode ser desencadeada por fenômenos infecciosos. Antes de tomar a vacina, estes pacientes precisam de orientação médica específica.
Vacina contra a gripe causa gripe? Este é o maior mito em relação à vacina da gripe. A dose não causa a doença porque é feita a partir do vírus inativado, ou seja, morto, portanto não há a menor possibilidade de infecção.
Posso ter reação à vacina? Sim, e é por isso que muitas pessoas dizem que ficaram gripadas depois da vacina. Os sintomas da reação podem ser confundidos com gripe e resfriado, mas a reação não causa sintomas respiratórios como o vírus influenza. Também existe a possibilidade de a pessoa já estar com o vírus no organismo, em período de incubação, antes que a vacina pudesse criar a proteção. É preciso lembrar que a vacina costuma ser tomada em época de alta transmissão de resfriados, que são causados por outros tipos de vírus que não estão na vacina.
Influenza e gripe são a mesma coisa? Gripe é a doença causada pelo vírus influenza. A palavra gripe tem sido utilizada por engano para todo e qualquer quadro respiratório agudo. Já os resfriados são relacionados a outros vírus respiratórios. A diferença entre ambos é basicamente a intensidade dos sintomas, mais fortes no caso da gripe.
Quem tomou a vacina no ano passado precisa tomar de novo? Sim. A vacina não dura para sempre. A proteção conferida por cada dose não chega a um ano — em seis meses, já caiu bastante. Além disso, os tipos de vírus geralmente mudam de um ano para o outro. A vacina aplicada no ano passado, por exemplo, era diferente da que vai ser aplicada este ano. Os tipos de vírus que serão incluídos na composição anual da vacina, que pode ser diferente nos hemisférios Norte e Sul, são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir do monitoramento dos casos da doença.
A vacina contra a gripe é eficaz? A eficácia da vacina contra a gripe depende de diversos fatores, mas a média é de 70% de eficácia, variando de 80% em crianças a 40% em pessoas com alguma enfermidade. É importante destacar que existe a possibilidade de as cepas do vírus circulantes em determinado país não coincidirem completamente com a vacina oferecida e os índices de eficácia caírem. Por isso, o ideal é receber a vacina quadrivalente, que é mais abrangente – contém uma cepa B a mais que a trivalente.
Posso tomar a vacina da gripe junto com outras vacinas, como a da febre amarela e do sarampo? Não há o menor problema. A campanha, inclusive, é uma boa oportunidade para atualizar o carteira de vacinação. É importante salientar que, no caso das crianças com menos de 2 anos, as vacinas contra a febre amarela e o sarampo não podem ser tomadas no mesmo dia. O ideal é esperar ao menos 30 dias.
A vacina contra a gripe protege contra o H1N1 e contra o vírus que circulou nos EUA? A vacina aplicada durante a campanha de vacinação da gripe do Ministério da Saúde é a trivalente, que protege contra três tipos de vírus influenza: H1N1, H3N2 e FluB. Na rede particular, é possível receber a dose quadrivalente que, além desses três, protege contra outro tipo de FluB. O vírus que circulou nos Estados Unidos foi o H3N2 do tipo (cepa) chamada Singapura. É este vírus que está na vacina aplicada no Brasil – ele não fazia parte da composição da vacina aplicada nos Estados Unidos.
A vacina na clínica particular é a mesma da rede pública? Não. A rede pública disponibiliza apenas a vacina trivalente. Na rede particular é possível encontrar tanto a versão trivalente quanto a quadrivalente.
Não faço parte do grupo de risco. Tenho direito à vacina no SUS? Não. Quem não faz parte do grupo de risco pode se vacinar em uma clínica particular de imunização. Os preços variam de R$ 120 a R$150. A vacina aplicada na rede particular é a quadrivalente, que protege contra o H1N1, H3N2 e dois tipos de vírus influenza B.
R7