Mesmo durante a crise ainda tenho o costume de reservar uma graninha extra para comer bem, afinal este é um dos grandes prazeres da vida. Outras pessoas preferem reservar as economias para outras coisas. Tal fato é perceptível para quem costuma comer fora. O movimento diminuiu significativamente na maioria dos locais.
Usei a palavra maioria porque há lugares, com preços até mais altos do que o da concorrência, que continuam bombando. Isso vem acontecendo com frequência na confeitaria de Priscila Diniz, na rua das Rosas. A empresária, que já era famosa pelos docinhos de festa e pelo pani pani – pãozinho delícia miniatura à venda no Almacen Pepe, só tem motivos para comemorar. Sua mimosa casa, em parceria com o irmão, é um sucesso. Há fila na porta e engarrafamento para estacionar, até durante os dias de semana.
Os garçons são muito simpáticos, mas, devido ao movimento, o serviço demora. Nada de tão grave que macule a experiência, para lá de agradável. Os docinhos são bonitos e bem gostosos. Alguns, como o carro chefe da casa – Carmelita – já valem a visita. O ambiente é uma gracinha, lembra uma casa de bonecas. Tudo bem feminino e de muito bom gosto. Eu só não achei muito simpático foi o valor da conta, mas, enquanto o movimento continuar crescendo, eu suspeito que a tendência é que ele siga acompanhando a trajetória do estabelecimento. Uma pena porque é o tipo de lugar que dá vontade de voltar mais vezes, até durante tempos de crise.