A inflação oficial brasileira fechou o ano de 2018 em 3,75%, segundo o IPCA divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa ficou abaixo da meta da inflação definida pelo BC (Banco Central) — de 4,5% para o ano.
No entanto, o valor ficou dentro da margem estipulada pelo governo, que varia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, poderia ficar entre 3% até 6%.
Os preços dos transportes e dos alimentos foram os que mais pesaram no bolso dos brasileiros em 2018. Os transportes tiveram alta no preço da passagem aérea (16,92%), da gasolina (7,24%) e do ônibus urbano (6,32%), fechando o ano em 4,19%.
Em seguida, aparecem os gastos com habitação (4,72%), que considera itens como energia elétrica, que teve inflação acumulada de 8,7%.
Os alimentos e bebidas também ficaram mais caros ao longo do ano, com taxa de 4,04%. O tomate (71,76%) foi o produto que ficou mais caro ao longo do ano, enquanto a farinha de mandioca (-13,26%) e o café (-8,22%) foram alguns dos itens que ficaram mais baratos.
Embora a educação (5,32%), com os cursos regulares (5,68%), tenha registrado o maior índice acumulado em 2018, ela não tem tanta potência na formação da inflação geral.
Veja o acumulado da inflação desde 1994 até 2018:
1994: 916,46%
1995: 22,41%
1996: 9,56%
1997: 5,22%
1998: 1,65%
1999: 8,94%
2000: 5,97%
2001: 7,67%
2002: 12,53%
2003: 9,30%
2004: 7,60%
2005: 5,69%
2006: 3,14%
2007: 4,46%
2008: 5,90%
2009: 4,31%
2010: 5,91%
2011: 6,50%
2012: 5,84%
2013: 5,91%
2014: 6,41%
2015: 10,67%
2016: 6,29%
2017: 2,95%
2018: 3,75%
Resultado de dezembro de 2018
Dezembro de 2018 registrou a menor inflação para o mês desde 1994, com taxa de 0,15%. Em 2017, o valor havia sido de 0,44%.
Segundo o IBGE, os alimentos e bebidas (0,44%) foram responsáveis por quase 75% do índice de dezembro. O leite longa vida, o pão francês e o arroz ficaram mais baratos no mês, enquanto a cebola, a batata-inglesa, o feijão carioca e as frutas pesaram mais no orçamento.
Os itens do grupo de transportes (-0,54%) e habitação (-0,15%) tiveram quedas nos preços ao longo do mês, com redução nos preços dos combustíveis e na energia elétrica.
R7