Em mais uma carta feita na prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa da senadora Gleisi Hoffman (PT). Para ele, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores “está sendo atacada” por conta das discussões quanto à indicação de um Plano B para as eleições. “Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime. Não cometi nenhum crime. Por isso sou candidato até que a verdade apareça e que a mídia, juízes e procuradores mostrem o crime que cometi ou parem de mentir”, afirmou, repetindo o discurso já conhecido. Preso há pouco mais de um mês, o petista cumpre pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado a mais de 12 anos de prisão no processo do tríplex do Guarujá. “Quem quer que eu não seja candidato, eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes. Outros acham que fui condenado em segunda instância, então sou culpado e estou no limbo da Lei da Ficha Suja”, escreveu Lula em outro trecho do texto. Embora Gleisi encabece o grupo que defende o nome do ex-presidente até o fim, dentro do próprio PT há dissidência. Alguns membros do partido, como foi o caso do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (veja aqui), chegaram a confirmar a possibilidade da sigla ocupar o posto de vice na chapa de Ciro Gomes (PDT). O baiano é um dos nomes cotados para uma candidatura própria do PT, caso Lula seja, de fato, impedido de competir.
Bahia Notícias