A médica Rute Queiroz, de 49 anos, suspeita de homicídio culposo no acidente que matou a professora de dança Geovanna Alves Lemos, no último dia 15, disse, em depoimento à polícia que perdeu a consciência no momento do acidente e não lembra do que aconteceu. A TV Bahia teve acesso aos detalhes do depoimento, cujo conteúdo foi divulgado nesta sexta-feira, no Jornal da Manhã.
No mesmo dia da batida, a médica foi presa em flagrante, pagou fiança e foi liberada. Rute dirigia o carro que colidiu com a motocicleta em que Geovanna estava como carona e era conduzido pelo mototaxista Luciano da Silva Lopes, que sobreviveu. A colisão ocorreu na avenida ACM, no bairro da Pituba. A missa de sétimo dia pela morte da professora foi realizada na noite de quinta-feira (22), na Paróquia Ressurreição do Senhor, em Ondina, reunindo parentes e amigos da vítima.
A médica afirmou no depoimento que, por causa de um problema de saúde, em novembro do ano passado, ela já tinha perdido a consciência outra vez, mas dentro de casa. À época, um cardiologista disse que ela teve uma fibrilação atrial, que é uma falha no batimento do coração. Mesmo com o problema de saúde, não houve recomendação para que ela deixasse de fazer atividades como dirigir.
No depoimento, a médica ainda afirmou que não estava usando o celular quando dirigia e que só usou o aparelho para fazer uma ligação para pedir ajuda às 12h28. Segundo ela, a batida foi às 12h25.
Já o mototaxista Luciano disse, em depoimento, que estava na pista da esquerda e que sinalizou que iria entrar em um retorno também à esquerda. A moto foi atingida por trás pelo carro, sendo empurrada até atravessar o canteiro do retorno. Luciano também contou que, depois do acidente, viu Geovanna ainda viva, mas muito machucada.
A previsão da Polícia Civil é que as investigações sejam concluídas daqui a três semanas. O advogado das vítimas disse que o celular da médica passa por perícia e que imagens de câmeras de segurança podem ajudar nas investigações.
Acidente
A mãe da professora Geovanna soube que a filha tinha morrido quando estava a caminho do local do acidente, dentro de um táxi. Segundo familiares, o táxi em que a idosa estava parou em um semáforo e, por coincidência, um taxista passou ao lado do veículo e orientou o colega a não seguir pelo caminho porque o trânsito estava complicado em decorrência da morte de uma mulher em uma batida.
De acordo com a família, dona Vidinha, como é conhecida, e tem 73 anos, sabia que a filha havia sofrido um acidente porque um policial usou o celular da vítima para pedir para a mãe para ir ao local, mas disse sobre o falecimento.
O acidente ocorreu na tarde do dia 15, na avenida ACM, no bairro da Pituba. Geovanna Lemos estava a caminho da escola de dança onde trabalhava.
No local, a mãe da professora passou mal e foi levada para um hospital. Geovana era filha única. Ela morava com a mãe no bairro da Barra, na capital baiana.
G1