O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (3) em entrevista à Rádio Gaúcha que a aprovação da reforma da Previdência deve ser “completa” para que o tema não precise voltar à pauta do Congresso nos próximos anos.
Meirelles defendeu o texto aprovado na comissão especial da Câmara que debateu a reforma, cujo teor se assemelha ao projeto original enviado pelo governo ao Congresso.
No entanto, a expectativa entre líderes partidários na Câmara e no Senado é que, por se tratar de um tema delicado às vésperas de ano eleitoral, haverá dificuldades em aprovar a reforma como quer o governo. Alem disso, o presidente Michel Temer precisa reunificar a base aliada para conseguir a quantidade necessária de votos. No meio político se discute a alternativa de votar apenas alguns pontos do texto.
Para Meirelles, uma reforma enxuta levará à necessidade de voltar a discutir a Previdência em breve.
“A reforma agora precisa ser completa e suficiente par que o assunto não precise voltar mais tarde para o Congresso”, disse.
O ministro ressaltou que em outros países, e citou o sul da Europa, não só foi necessária uma reforma da Previdência como os governos precisaram cortar o valor dos benefícios recebidos pela população. Ele disse que, para o Brasil evitar situação semelhante, a reforma é “fundamental”.
Eleição
Meirelles foi mais uma vez questionado se é pré-candidato à Presidência da República, a exemplo do que vem acontencendo em entrevistas recentes. Ele afirmou que a decisão será tomada na “hora certa”.
“Eu não tomo decisões por antecipação. Inclusive porque decisões por antecipação são uma perda de tempo. Minha decisão no momento é ser um bom ministro da Fazenda”, afirmou.
Sobre a possibilidade de ser vice em alguma chapa, Meirelles foi mais enfático e disse que não existe essa possibilidade. “Isso não se coloca, e eu não seria candidato a vice em nenhuma hipótese”.
G1