A importação de sêmen para uso em reprodução humana assistida no Brasil alcançou índice recorde em 2017. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), houve aumento de 97% em apenas um ano. Em 2017, foram emitidas 860 autorizações dessa natureza, contra 436 em 2016.
O levantamento do órgão também inclui, pela primeira vez, informações sobre importação de células reprodutivas femininas, denominadas oócitos. Em 2017, foi registrado um total de 321 amostras. O número corresponde a um aumento de 1.359% em relação à soma dos anos de 2015 e 2016 (22 oócitos importados).
Considerando uma série histórica com todas as autorizações concedidas pela Anvisa, entre 2011 e 2017, o total de importação de gametas chegou a 1.950 amostras seminais e 357 oócitos. Os dados estão no segundo Relatório de Dados de Importação de Células e Tecidos Germinativos para Uso em Reprodução Humana Assistida.
CARACTERÍSTICAS DOS DOADORES
O levantamento mostra que 91% dos doadores de sêmen apresentam características fenotípicas de ascendência caucasiana (cor de pele branca), sendo 45% com olhos azuis e 67% com cabelos castanhos.
Já em relação aos oócitos, a ascendência predominante também é caucasiana (88%), com olhos e cabelos castanhos — 49% e 65%, respectivamente.
O perfil dos pacientes apontou que as mulheres solteiras solicitaram a maioria das amostras de sêmen, seguidas pelos casais heterossexuais. Já os casais homoafetivos de mulheres representaram 22% das importações em 2017.
Bahia Notícias