Você já se enrolou no cartão de crédito? Não conseguiu pagar o total da fatura e viu a dívida crescer a uma velocidade vertiginosa? Levou meses para pagar aquilo que gastou em poucos minutos? Pois saiba que você não está sozinho nessa estatística. No Brasil, o número de inadimplentes por conta de dívidas no cartão ultrapassa a casa dos milhões. Mas a pergunta é: por que tanta gente tem comprometido seu orçamento com os gastos no cartão? Será que o melhor é não tê-lo? Como fazer as pazes com esse pedaço de plástico que tem arruinado a vida financeira de tantas pessoas?
Segundo um conceito milenar, a principal causa do sofrimento das pessoas é a falta de conhecimento. E, apesar do cartão de crédito ser uma invenção do mundo moderno, esse conceito não poderia estar mais certo!
O que mais causa a famosa bola de neve das dívidas exorbitantes do cartão é pura falta de conhecimento de como usá-lo da maneira correta. Então, vamos começar por aí: o cartão de crédito nada mais é do que um meio de pagamento. Ponto! Porém, não basta dizer o que ele é, temos que analisar, principalmente, o que ele não é.
• O cartão de crédito não é um agente de empréstimos.
• O cartão de crédito não é uma forma de comprar quando não se tem dinheiro.
• O cartão de crédito não é um jogo de azar onde se compra hoje para ver se até o dia da fatura chegar a sorte trará consigo o dinheiro para pagar.
Quando o assunto é comprar, muitos adultos têm agido feito crianças. Veja se não é assim: a criança pede um brinquedo para a mãe, que responde que não vai comprar porque não tem dinheiro. O que a criança faz? Com toda a certeza do mundo, diz: “O que é que tem, mamãe? Passa no cartão!”
Obviamente a criança não entende que, mais tarde, chegará uma fatura e, se não for paga, vai incidir em uma montanha de juros compostos que levarão o valor da dívida à estratosfera. Mas, não é exatamente assim que muitos adultos agem?
“Não pode comprar essa roupa nova? Qual o problema? Passa no cartão!”
“Não tem dinheiro para viajar? Ah… não vai perder essa chance, passa no cartão!”
“Seu filho pediu? Coitado… não vai deixá-lo ‘aguado’, né? Passa no cartão!”
O pagamento através de crédito veio para ficar, por isso, temos que aprender a viver em paz com nosso cartão. Hoje em dia já existem coisas que você simplesmente não consegue fazer — ou tem mais dificuldade — se não tiver um cartão de crédito, como: pagar serviços por aplicativo (delivery de comida, táxis etc.), comprar passagens aéreas, alugar um carro, comprar pela internet e tantas outras coisas. Ou seja, não adianta destruí-lo e achar que é a solução.
Veja algumas coisas que você pode começar a fazer na prática:
• Defina um valor máximo para pagamentos com o cartão. Não é o limite que a operadora de cartão ou o banco dá, mas o limite que você pode pagar.
• Se não tem certeza de que vai poder arcar com o pagamento da fatura total, não compre! Espere o mês seguinte.
• Jamais deixe de pagar o total da fatura, pois sobre o saldo que restar irão incidir os maiores juros do mercado, fazendo com que a dívida aumente rapidamente. É melhor deixar outras contas de lado e priorizar o pagamento do cartão.
• Se você entrou no rotativo, saia o quanto antes parcelando a dívida em prestações fixas. E, de preferencia, deixe o cartão de lado até quitar os pagamentos.
• Se você não está conseguindo pagar o parcelamento do cartão, mas está com o cadastro em dia (nome limpo), tente contrair um empréstimo a juros mais baixos (um consignado, por exemplo) para quitar a dívida. Assim você alivia seu orçamento e não paga tantos juros.
R7