Quem pretende viajar no próximo feriado – Corpus Christi, no dia 31 de maio -, deve ficar atento se o local de destino está dentro das áreas de risco de doenças, como a febre amarela e o sarampo, para avaliar a necessidade de vacinação.
As vacinas devem ser tomadas com dez dias de antecedência, pois levam esse período para começar a fazer efeito.
De acordo com a infectologista Rosana Richtmann, do Hospital Emílio Ribas, esse é o tempo que o organismo precisa para produzir anticorpos em quantidade suficiente:
“A partir do momento que a pessoa toma qualquer vacina, o organismo começa a produzir anticorpos para se defender. Mas existe um tempo para que esta produção chegue a uma quantidade protetora, um número de anticorpos que garanta a proteção. Esse tempo pode variar entre 10 e 14 dias. Então, quanto antes se vacinar, melhor”.
Febre amarela
O vírus da febre amarela continua em circulação em diversas áreas de mata em diferentes estados do Brasil. Casos da doença já foram confirmados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal.
Além destes, outros estados sempre foram área de recomendação de vacina, como o Amazonas e toda a região norte do Brasil.
“Recentemente, a área de vacinação contra a febre amarela foi ampliada e a oferta de vacina estendida para todo o Brasil, mas alguns estados sempre tiveram essa recomendação. Em Minas Gerais, onde o surto começou, já existia a recomendação antes dos primeiros casos. Então, é muito importante que as pessoas se vacinem, principalmente quem vai para os lugares onde já teve caso, para Goiás, Mato Grosso, esses estados mais afastados do litoral”, destaca a infectologista.
Por decisão do Ministério da Saúde, desde março, a vacina da febre amarela está disponível em todos os postos de saúde do Brasil.
Sarampo
Nos últimos meses, a região norte do Brasil vem enfrentando um surto de sarampo, principalmente o estado de Roraima. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, o vírus teria chegado ao país junto com os imigrantes que vieram da Venezuela.
Quem pretende viajar para a região deve conferir se já tomou a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e varicela.
“Teoricamente, quem nasceu depois de 1960 foi vacinado quando criança. Mas, se a pessoa não tem certeza, pode vacinar de novo, sem problemas. Quem já se vacinou e tomar de novo vai dar um reforço na produção de anticorpos. Quem nunca tomou vai começar a criar essa proteção”, explica Rosana.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina tríplice viral está disponível nas unidades básicas de saúde e deve ser tomada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos ou uma dose para adultos entre 30 e 49 anos.
Pessoas com mais de 49 anos devem procurar a vacina na rede privada.
Raiva
O Pará registrou, desde o fim de abril, uma morte e 11 casos de raiva, especificamente na região da Ilha do Marajó. O estado está promovendo uma campanha emergencial de vacinação na região. Quem pretende viajar para lá deve se vacinar.
De acordo com a SBIm, a vacina da raiva está disponível no SUS e deve ser aplicada em três doses com intervalos de 7 e 21 ou 28 dias.
R7