Estima-se que 30% dos idosos brasileiros têm dificuldade de realizar tarefas diárias, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde.
Para melhorar o quadro, foi lançada nesta segunda-feira (6) a Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável, que traz orientações aos profissionais de saúde para melhorar a qualidade de vida da população idosa, que representará cerca de 20% dos brasileiros em 2030.
Com isso, além dos dados clínicos coletados nas consultas médicas, a avaliação funcional e psicossocial também será considerada. A ideia é que os idosos tenham mais autonomia e melhor desempenho cognitivo, além de uma maior sobrevida.
Doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, sobrepeso e obesidade, estão aumentando entre a população idosa. Por isso, prevenir é fundamental para uma boa qualidade de vida.
“O Brasil está com a projeção de ter um crescimento de pessoas idosas muito maior que outros países e de forma muito acelerada. A nossa proposta é que o olhar não seja focado apenas na doença e sim na saúde, ou seja, vamos parar de financiar a doença e investir em um atendimento integral à população idosa, justamente para evitar que essas pessoas desenvolvam doenças”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
O programa contará com uma avaliação mais individualizada, sendo então possível direcionar as ações de prevenção, promoção da saúde, manejo das doenças, tratamento, reabilitação e até mesmo cuidados paliativos, quando estes forem necessários.
Além disso, o profissional de saúde que atende a terceira idade também estará orientado a levar em conta o nível de independência do idoso, verificando a necessidade de supervisão de alguém, bem como avaliando o estilo de vida – como a alimentação e prática de exercícios físicos – para também orientar na prevenção das quedas tão frequentes entre essa população.
Esse cuidado também deve evitar que o idoso use medicamentos desnecessários, bem como reduzir as prescrições inadequadas dos remédios e, assim, diminuir as complicações decorrentes das interações medicamentosas.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) serão as responsáveis por prestar esta atenção aos idosos. Uma das etapas do projeto é justamente criar uma Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, que reunirá as necessidades de saúde de cada um. As informações poderão ser agregadas ao prontuário eletrônico.
Além disso, um aplicativo será lançado para auxiliar os profissionais de saúde que lidam com a terceira idade, no intuito de identificar idosos vulneráveis em uma comunidade e detectar o estado nutricional deles.
R7