A velocidade nas principais vias de São Paulo virou um dos principais temas da campanha eleitoral na cidade depois que quatro dos candidatos à Prefeitura –Celso Russomano (PRB), Marta Suplicy (PMDB), João Dória (PSDB) e Major Olímpio (SD)– prometeram rever as medidas tomadas pelo candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), que chegou a criar áreas com limite de 40 km/h.
Marta Suplicy (PMDB) e João Dória (PSDB) disseram inclusive que aumentarão a velocidade nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, que passaram na atual gestão de 90 km/h para 70 km/h na pista expressa e de 70 km/h para 50 km/h nas pistas locais.
As promessas, no entanto, vão contra uma orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) que vem sendo seguida por várias capitais pelo mundo para combater a epidemia de acidentes de trânsito.
Segundo o órgão, a redução da velocidade diminui o número de acidentes (e, consequentemente, o de mortos e feridos) e melhora o fluxo do trânsito e qualidade do ar.
Estocolmo, na Suécia, foi a primeira capital a fazer a mudança, em 1997. Desde então, muitas outras cidades seguiram por este caminho. Em Nova York, por exemplo, a velocidade em vários bairros é de 32 km/h.
Veja como funciona nesses lugares:
Londres
A capital da Inglaterra vem adotando, nos últimos anos, medidas para diminuir a quantidade de acidentes no trânsito, incluindo a redução de velocidade. Atualmente, o limite de velocidade é de 32 km/h em ruas e avenidas importantes da cidade.
Paris
A velocidade máxima permitida nas pistas do anel viário da capital francesa foi reduzida para 80 km/h para 70 km/h no começo de 2014. Dentro da cidade, o limite é de 50 km/h, com limites baixos em determinadas áreas.
Nova York
Em novembro de 2014, a administração da maior cidade dos Estados Unidos reduziu o limite de velocidade para 40 km/h na grande maioria das vias (90%). Dentro dessa malha, há limites até mais baixos, de 32 km/h. Nas demais, o limite é mais alto – a máxima permitida é de 80 km/h. As medidas foram acompanhadas de uma campanha de conscientização e de ações para aumentar a fiscalização no trânsito.
Cidade do México
O trânsito é um problema histórico da capital do México. Lá, os limites de velocidade foram reduzidos no fim de 2015: 80 km/h em pistas expressas, 50 km/h em avenidas, 40 km/h em vias secundárias e 20 km/h em áreas escolares e nas proximidades de hospitais.
Tóquio
Na capital do Japão, os motoristas podem dirigir a no máximo 50 km/h, sendo que há limites mais baixos de – 40 km/h e 30 km/h – em determinadas áreas da cidade.
Lima
A capital peruana tem quatro limites de velocidade em vigor: 80 km/h em vias expressas, 60 km/h nas avenidas, 40 km/h nas ruas e 30 km/h nas proximidades de escolas e hospitais.
Bogotá
Na capital da Colômbia, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h. Em vias situadas nas zonas residenciais e escolares, porém, o limite é de 30 km/h.
Berlim
Na capital da Alemanha, o limite é de 50 km/h na maioria das vias, mas há áreas em que a velocidade máxima permitida é de 30 km/h. Além disso, há uma outra regra: em parte das vias com limite de 50 km/h, os motoristas não podem passar dos 30 km/h durante o período noturno. Em largas avenidas que cruzam a cidade, há limites maiores.
Buenos Aires
Na capital argentina, o limite é de 60 km/h nas avenidas e de 40 km/h nas ruas. Em algumas avenidas mais largas, pistas e autopistas, o motorista pode dirigir a 70 km/h ou a 80 km/h.
Sydney
No início dos anos 2000, a Austrália reduziu de 60 km/h para 50 km/h a velocidade máxima permitida em áreas urbanas. Em Sidney, maior cidade do país, além do limite geral de 50 km/h, há restrições ainda maiores. O limite é de 40 km/h em áreas escolares e ruas com grande fluxo de pedestres, o que inclui todo o centro. Também há áreas com limite de 30 km/h e de 10 km/h – nestas, os motoristas devem dar prioridade aos pedestres.
uol