O nadador Daniel Dias confirmou as expectativas sobre seu desempenho na primeira noite de finais da natação e conquistou medalha de ouro nos 400 metros livre, com uma vantagem de 11 segundos sobre o segundo colocado.
“Meu segredo é treinar, treinar, treinar”, disse o atleta, com humildade, depois da competição. Daniel disse que, independentemente do resultado, saía feliz por ter a certeza de que deu o que tem de melhor. “Faltou pouco para o recorde. Fiquei exausto. Saio satisfeito com o meu desempenho. Esse é o meu objetivo aqui.”
Só cinco centésimos impediram que ele batesse o próprio recorde paralímpico, de 2m27s83. Sem essa marca, ele saiu com outra na memória: o apoio da torcida brasileira.
“Esse é um momento único na minha vida”, disse ele. “É uma alegria imensa desfrutar desse grande momento e mostrar o valor, não só do atleta, mas da pessoa com deficiência”, afirmou ele, que disse acreditar que a Paralimpíada possa abrir caminho para uma vida com mais direitos para pessoas com deficiência no Brasil.
Daniel Dias ainda brincou, ao lembrar sua “participação” na cerimônia de abertura, quando um vídeo projetado no estádio do Maracanã o mostrou nadando em um grande mar. “Atravessei o campo rápido”, riu o atleta, que conta ter sido poupado de participar da cerimônia por uma decisão da comissão técnica.
A medalha conquistada hoje foi a 16ª de Daniel Dias, e a 11ª de ouro. O nadador vai disputar outras oito provas nesta Paralimpíada.
Bronze
O nadador paralímpico brasileiro Italo Pereira conquistou hoje (8) a medalha de bronze nos 100m costas masculino, classe S7, com o tempo de 1:12.48. Essa é a segunda medalha brasileira na natação paralímpica. O ouro ficou com o ucraniano Levgenii Bogodaiko e a prata com britânico Jonathan Fox.
Com as medalhas da natação – Daniel Dias ficou com o ouro nos 200m livre masculino, classe S5 -, o Brasil está na quinta colocação no quadro geral de medalhas da Paralimpíada Rio 2016, com dois ouros, uma prata e um bronze.
Ítalo Pereira Lima tem 20 anos e é natural de Porto Nacional (TO). Ele nasceu com mobilidade reduzida devido a uma rubéola congênita. Começou a praticar natação aos 13 anos e participou dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez em Londres 2012. Entre suas principais conquistas estão uma medalha de ouro e três de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.
Classe S5
Um pouco antes, a nadadora Joana Silva ficou na sétima colocação nos 200m livre feminino, na classe S5. A medalha de ouro ficou com a chinesa Li Zhang, a prata com a espanhola Teresa Perales e o bronze com a noroeguesa Louise Rung.
Joana tem 29 anos e nasceu com acondroplasia, que é um nanismo desproporcional, causado por mutações genéticas. Começou a praticar natação aos 10 anos por recomendação médica e, aos 13, passou a competir. Já aos 14, participou da primeira competição internacional.
A atleta já ganhou um bronze nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, cinco medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e quatro ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara (2011).
Quadro de Medalhas
Países | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
1 | CHNChina | 1 | 1 | 1 | 3 | |
2 | BRABrasil | 1 | 1 | 0 | 2 | |
3 | KENQuênia | 1 | 0 | 1 | 2 | |
3 | GREGrécia | 1 | 0 | 1 | 2 |