Você liga a televisão e a quantidade de programas dedicados à gastronomia atingiu a maior escala dos últimos tempos. Tem chefes estrelados brasileiros e estrangeiros dando dicas, tem celebridades cozinhando pratos da moda e também os inúmeros shows de competição nos quais uma batata, um barbante e uma cereja precisam virar algo requintado em apenas 10 minutos.
A overdose não está só na TV. Está aqui na rede, na mídia impressa e em todos os espaços que se pensar. Não estou criticando o fato das pessoas falarem sobre gastronomia e sim o consumo impulsivo, desenfreado de tudo o que tem haver com a temática, sem um mínimo de espírito crítico. É importante pensar a comida para melhorar a consciência alimentar e não apenas pelo simples e raso entretenimento.
Quando o excesso de espaço na mídia para a gastronomia andar junto com melhores índices na saúde e diminuição do desperdício, ele estará cumprindo o seu real papel. Enquanto isso, é bom abrir o olho. Você pode estar sendo vítima do fenômeno da gurmetização. Ele faz você gastar além da conta e bancar o bobo em nome de um requinte que só existe no discurso de quem vende.
Uma boa ajuda é discutir o tema com outras pessoas que respeitam a gastronomia e esperam mais do que ter espaço garantido para 15 minutos de fama . Este mês de setembro, no dia 13, os alunos de gastronomia da Universidade Católica vão reunir, no auditório da instituição, a partir das 19 horas, chefes de cozinha e jornalistas para refletir sobre este assunto tão atual e importante. Eu estarei lá.
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