O Ministério Publico do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou nessa terça-feira (19) pessoas por organização criminosa no caso da Mafia das Órteses e Próteses na capital federal.
As pessoas são suspeitas de participar de um esquema que lucrava com cirurgias muitas vezes desnecessárias ou na utilização de material superfaturado, de qualidade inferior ou até vencido.
De acordo com a promotoria, o objetivo do esquema era, exclusivamente, obter lucro sem se importar com a saúde do paciente.
O promotor de Justiça Maurício Miranda esclarece que esta é apenas a primeira denúncia contra os 19 envolvidos. Acrescentou que durante as investigações devem ser apresentadas novas denúncias.
Maurício Miranda explica que os suspeitos foram divididos em três grupos. Sete pessoas ligadas a empresa TM Medical, que vendia as órteses e próteses, entre eles os sócios Johnny Gonçalves e Micael Bezerra; um segundo grupo relacionados ao Hospital Home, onde eram feitas a maioria das cirurgias, entre eles, Nabil Nazir e Cicero Dantas e um último grupo, o dos médicos. Ao todo, oito profissionais foram denunciados. O promotor explica como eram divididos os lucros.
A promotoria pediu, nesta primeira causa, uma indenização de cerca de R$ 30 milhões.
A Polícia Civil estima que cerca de 60 pessoas foram prejudicadas pelo esquema, mas o número pode ser maior. Pelos menos sete planos de saúde foram vítimas da fraude.
Se condenados por organização criminosa, os denunciados podem pegar 8 anos de prisão.
Em nota, o Hospital Home reafirmou que não tem envolvimento com o caso. O texto diz, ainda, que a denúncia em relação ao proprietário do Home, Nabil Nazir, é totalmente descabida.
Segundo a nota, uma eventual ação indevida dos supostos envolvidos ocorreu sem o conhecimento ou autorização da direção do hospital.
ebc