O juiz federal Sérgio Moro decidiu, nessa sexta-feira, converter em prisão preventiva a ordem de prisão temporária do ex-ministro Antônio Palocci. O pedido partiu do Ministério Público Federal.
O MPF argumentou que existem indícios de que Palocci poderia ocultar provas da investigação, que faz parte da Operação Lava Jato.
Com a decisão, Antônio Palocci ficará preso por tempo indeterminado. A prisão preventiva também vale para o ex-assessor Branislav Kontic. Já o ex-secretário da Casa Civil Juscelino Dourado, deixará a prisão, mas fica obrigado a cumprir medidas cautelares, como comparecer à Justiça sempre que for intimado e entregar o passaporte.
Palocci, Kontic e Dourado foram presos na segunda-feira passada, suspeitos de terem recebido propina para atuar em favor da empreiteira Odebrecht em contratos com o governo.
No depoimento à Polícia Federal, Antônio Palocci negou envolvimento no caso. O advogado dele, José Roberto Batochio, afirmou que o ex-ministro jamais recebeu quaisquer valores da Odebrechet.
A reportagem procurou os advogados dos investigados para comentarem a decisão, mas ainda não obteve retorno.
ebc