Quem esperava que “MasterChef: Profissionais”, versão do reality-show que estreia nesta terça-feria (4), feita apenas com cozinheiros experientes, fosse render mais confrontos com os jurados do que as versões anteriores do programa, irá se decepcionar. Mas, em compensação, poderá ver os chefs Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça tratando os participantes como seus iguais.
Com seis dos onze episódios já gravados, o diretor Patricio Diaz adiantou que o público pode esperar ver os próprios jurados serem surpreendidos pelos participantes: “Semana passada, os três chefs falaram ‘vocês estão nos inspirando, vocês são jovens, estão trazendo coisas que a gente nunca tinha visto, coisas que de acordo com as regras clássicas não deveriam funcionar, mas acabam funcionando’. É muito legal ver esse trato mais de colega-colega, uma geração pra outra”.
Dono de uma longa trajetória profissional, Jacquin disse que está sempre aberto para aprender com os mais jovens — o que inclui os participantes do programa. “Os chefs são eles, eles que cozinham para nós. Eu estou aqui para julgar, avaliar o melhor dos chefs que estão na nossa frente. E com eles nós podemos aprender também. Acredito muito nos jovens. Teve um menino que trabalhou comigo, até hoje eu ligo pra ele e pergunto ‘como você faz isso?’ Não tenho vergonha”.
Para Carosella, os possíveis confrontos com chefs estão mais ligados às personalidades de cada um do que ao fato de os candidatos serem profissionais e, talvez, mais propensos a contestá-los. “Tem alguns participantes que escutam, que se envolvem, outros que confrontam e vão continuar sendo assim, vão continuar batendo, por mais que fique claríssimo que não estava bom”, contou ela, que logo no primeiro episódio teve uma discussão com um candidato, mas garantiu não ter ficado chateada.
A apresentadora Ana Paula Padrão disse ter sido pega de surpresa com o aspecto positivo da relação entre jurados e participantes. “Eu esperava os confrontos. Mas esse outro lado da moeda eu não esperava. Ninguém me preparou para isso e foi muito bonito ver acontecendo”.
Mas, entre os competidores, o clima é um pouco mais difícil do que nas edições com amadores, que “chegam de mãozinhas dadas”, segundo a apresentadora. “Nos momentos de desespero, cada um apela para sua própria segurança e você vê pequenos atritos entre eles”, revelou.
Provas mais difíceis
Para acompanhar o nível dos candidatos, a dificuldade das provas também irá subir no novo “MasterChef”. “Ainda tem coisa mais difícil pra se ver. Tem provas nessa temporada que a duração é de três, quatro horas”, afirmou o diretor Patricio Diaz, acrescentando que a edição contará com provas artísticas, de técnicas e de serviço.
“Eu brinco que os amadores eu conseguia acompanhar”, disse Ana Paula, bem-humorada. “Nesse ‘Profissionais’ eu fico ‘quê? do que eles tao falando?’, que eu acho que é a reação do público leigo. Você leva um susto com as provas”, completou, acrescentando que nessa edição ela terá o papel de aproximar mais os espectadores do que acontece no programa.
Os critérios de avaliação também serão diferentes. “Na prova do bolo, todos eram muito bons. O nível de defeitos era mínimo. Então nós precisamos apelar a critérios de avaliação muito mais sutis, muito mais refinados”.
Mas isso não significa que os jurados serão mais carrascos, na opinião de Fogaça. “Mas a gente espera, como profissional, uma pessoa que já está no ramo… a gente com certeza vai querer ver o melhor, que eles saibam o que estão fazendo e mostrem um bom trabalho, de profissional”.
“MasterChef: Profissionais” vai ao ar às 22h30. O vencedor levará como prêmio R$ 170 mil e um carro 0km.
uol