Um estudo inédito da Ancine – Agência Nacional de Cinema – mostra que o Brasil importou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 5,1 bilhões) em conteúdo e serviços audiovisuais em 2015.
No mesmo ano, o país exportou apenas US$ 155 milhões (aproximadamente R$ 500 milhões) desses produtos e serviços.
A pesquisa mostra ainda que US$ 1,1 bilhão foram importados apenas dos Estados Unidos, mostrando que os americanos concentram 70% do fornecimento de conteúdo e serviços audiovisuais para o Brasil.
Por outro, o Brasil exportou apenas US$ 50 milhões para o mercado americano, ou seja, cerca de um terço do total exportado.
Segundo o presidente da Ancine, Manoel Rangel, a presença avassaladora da produção de um único país, seja ele qual for, não é benéfica aos povos e aos países. “Ela cria uma distorção profunda na maneira de ser ver o mundo”.
Segundo ele, isso é um dos motivos pelos quais é importante ter uma política nacional de cinema e audiovisual focado em conteúdo e empresas nacionais: “Se nós não focarmos em valorizar o conteúdo e a empresa brasileira, o Brasil deixa de ter a capacidade de produzir sua própria imagem. Deixa de ter a capacidade de ser ele a interpretar os fenômenos culturais, sociais, políticos, comportamentais que ocorrem no nosso país. E sobretudo a gente deixa de ter a capacidade de vendermos a nossa imagem diante do mundo”.
ebc