Na luta para manter o poder de compra do salário e amenizar os efeitos da forte crise econômica que passa o país, empregados da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) fecharam hoje (dia 14) a segunda semana de greve. Eles continuam parados aguardando o julgamento do dissídio de greve, o que vai acontecer no próximo dia 27, conforme decidiu na última quinta (dia 13) o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A decisão de manter a greve foi tomada em assembleia realizada na manhã desta sexta (14), diante da sede da empresa, no CAB, e no núcleo regional de Feira de Santana. Na véspera, durante audiência no TRT, a direção da Cerb, por ordem do governador Rui Costa, não aceitou a proposta de conciliação feita pela presidente do Tribunal, desembargadora Maria Adna Aguiar, de que a empresa reajuste o salário pela inflação (9,83%) e não desconte os dias parados, como forma de colocar fim à greve.
A intransigência do governador causou perplexidade até mesmo entre integrantes do TRT e aumentou a revolta da categoria. Antes do julgamento do dissídio, dia 27, os empregados esperam que o Tribunal julgue uma liminar pedindo a proibição do corte dos dias de greve.