O governo Michel Temer tentará agilizar a pauta governista no Congresso Nacional para evitar que a delação premiada da empreiteira Odebrecht atrapalhe o andamento das investigações. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o Planalto receia que o conteúdo atinja o núcleo duro da gestão ou aliados importantes do Legislativo – a expectativa é de que o acordo seja homologado entre dezembro e janeiro do próximo ano. Na avaliação da cúpula, o conteúdo não deve atingir diretamente o presidente Michel Temer. A estimativa é de que ocorram apenas citações laterais. Há o receio, porém, de que ao menos três ministros e aliados importantes do governo no PSDB, PMDB e DEM possam ser atingidos. Um auxiliar de Temer aponta que as investigações contra as gestões Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva “deram o que tinham de dar” e que a partir de agora, “os canhões devem ser virados para o atual governo”. A primeira votação que o governo pretende adiantar é a conclusão da tramitação da PEC do teto dos gastos públicos (PEC 241), apresentando na sequência a reforma previdenciária. Temer já deve se reunir com centrais sindicais e entidades patronais para discutir o assunto na próxima semana.