Quando mostrada pela primeira vez há dois anos, a CBR 1000RR Fireblade SP era a resposta da Honda a pilotos mais exigentes, que demandavam por experiência de pilotagem que fosse mais próxima possível à de competições.
Apresentada no Salão de Motos de Colônia, neste mês, a nova Fireblade eleva esse conceito a outro nível. Visual diferenciado, mais potência, menos peso e eletrônica de sobra prometem controle total nas mãos do piloto para levá-la ao limite, sem dificuldade e com muita diversão.
Em suma, ela promete ser a moto perfeita. Ainda não é possível saber se e quando o modelo será vendido no Brasil.
Abrindo caminhos
A versão mais apimentada já nasce com a missão de testar a receptividade do público às novas mudanças estéticas da Honda, que devem ser incorporadas ao modelo “normal” ainda neste ano, possivelmente no Salão de Milão. A principal diferença está nos faróis em LED, mais modernos e angulosos, que terminam em entradas de ar que vão até o tanque (que é feito em titânio).
O metal, escolhido pela leveza, também está presente no escape, mais comprido e que, segundo a Honda, auxilia na centralização de massa. A nova rabeta tem linhas acentuadas que combinam melhor com o assento monoposto dessa versão, criando o aspecto de peça única com a tampa que substitui o assento da garupa. Bem na ponta, a nova lanterna de LED mantém a proposta minimalista do design.
Mais leve e potente
A nova Fireblade SP conserva a arquitetura de motor tetracilíndrico em linha de 999 cc. Mas as cabeças dos cilindros foram remodeladas para aumentar a taxa de compressão para 13:1, resultando em 10 cavalos a mais, totalizando 191 cv. O torque aumentou para 11,6 kgfm.
Segurar toda essa cavalaria é trabalho dos freios da grife Brembo, que conta com pinças monobloco de fixação radial, auxiliadas por sistema ABS. A moto ainda traz o sistema quickshift, que permite subir marchas sem apertar o manete, e embreagem do tipo deslizante, que recebeu assistência eletrônica para tornar as mudanças de marcha mais suaves.
Além de aumentar a potência, a Honda diminuiu o peso. O quadro diamante de dupla trave, por exemplo, é feito em um composto de alumínio. As novas rodas com raios em “Y”, calçadas por pneus Bridgestone 120/70 ZR17 (dianteira) e 190/50 ZR17 (traseira), também.
Um novo subquadro foi concebido para ajudar na concentração de massa e também é mais leve e rígido, assim como a balança. A CBR 1000RR SP agora pesa 195 kg (em ordem de marcha), 15 kg a menos que o modelo anterior.
Controle perfeito
Para cumprir a promessa de oferecer o controle total, a Honda investiu em tecnologia — utilizando, até, itens da RC 213V-S, versão preparada do modelo que compete na MotoGP, como o acelerador eletrônico Throttle By Wire (TBW).
Praticamente todos os parâmetros são ajustáveis, desde os três modos de pilotagem até a intensidade de atuação do freio-motor. O conjunto de suspensões da Öhlins pode ser controlado eletronicamente e tem 120 mm de curso no garfo dianteiro invertido e 60 mm no monoamortecedor traseiro.
Porém, a “mágica” está na forma como o conjunto absorve as informações, Uma unidade de medição inercial (IMU) conta com um giroscópio que recolhe as informações em cinco eixos diferentes e calcula o quanto de potência, freio e carga no amortecedor são precisos para para assegurar uma pilotagem suave, mesmo quando se está próximo do limite.
A ideia é justamente essa: permitir que pilotos menos experientes ou hábeis também consigam alcançar o limite, com segurança e diversão.
uol