Nascido no Japão em 2001, adaptado nos Estados Unidos em 2009, o reality show “Shark Tank” se tornou um sucesso em vários países e, como não poderia deixar de ser, ganhou uma versão brasileira este ano.
Exibido pelo canal Sony, o programa mantém as características que o consagraram – cinco empresários avaliam projetos de negócios de empreendedores e decidem, na hora, se vão investir ou não nas propostas.
Nesta quinta (20), às 21h, vai ao ar o segundo episódio de um total de 13, todos já gravados.
Os empreendedores submetem seus projetos para Sorocaba, cantor da dupla com Fernando e empresário de outros artistas; Cristiana Arcangeli, empresária do segmento de moda e beleza; João Appolinário, fundador da Polishop; e Robinson Shiba, dono da China in Box. Camila Farani, investidora-anjo no Brasil, e Carlos Wizard, fundador da rede de escolas de idiomas Wizard, se revezam a cada programa.
O público assiste à tentativa do empreendedor de convencer os investidores e os questionamentos que os donos do dinheiro fazem. No programa de estreia teve desde um sujeito que vende adubo orgânico com a marca Bosta em Lata até uma linha de roupas para ciclistas, passando por comida para bebês e próteses para pessoas com deficiências.
A narrativa se constrói a partir destes diálogos entre quem está vendendo uma ideia e quem, eventualmente, pode decidir investir nela. Tudo flui muito bem, sem a necessidade de um apresentador. Como, aliás, ocorre em versões estrangeiras do programa.
Outros programas adaptados no Brasil também dispensam, em versões estrangeiras, apresentadores. É o caso, por exemplo, do “MasterChef”. Outros concursos, como o “The Voice”, lembram vários leitores, contam com apresentadores, mas com função pouco relevante em cena.
Sempre achei supérflua a presença de Ana Paula Padrão e Tiago Leifert nestas duas atrações. E, de fato, são. Eles devem servir como chamariz para o mercado publicitário e, talvez, para confortar os espectadores, que estão acostumados (viciados?) a ver apresentadores à frente de programas de TV.
O primeiro episódio de “Shark Tank”, enfim, manteve o meu interesse do inicio ao fim, sem que fosse necessário colocar alguém no meio do palco fazendo anúncios ou informando o tempo que os candidatos tinham para apresentar os seus projetos.
Para quem tem alguma vocação para empreendedorismo ou sonha em ter o próprio negócio, o reality é muito curioso. Na função de avaliadores e possíveis investidores, os empresários fazem observações pertinentes e levantam dúvidas que fazem sentido para o leigo. Em tese, estão investindo os próprios recursos nas propostas que aprovam.
uol