Segundo a Abrablin, associação nacional do setor de blindadoras, cerca de 20 mil automóveis passaram pelo processo em 2015, no Brasil.
Como o serviço é caro — custa o preço de um hatch compacto zero-quilômetro, no caso das soluções mais rápidas, ou até de um sedã médio, se o grau de proteção for maior –, muitos optam por procurar o mercado de usados. Afinal, um blindado com até três anos de uso costuma valer até metade do original do mesmo modelo.
Tamanha desvalorização não ocorre à toa: o serviço provoca impactos importantes na estrutura e mecânica do veículo, precisa ser muito bem feito e mais: precisa de muito cuidado na conservação para que o automóvel mantenha condições minimamente seguras de uso.
Portanto, se você pensa em adquirir um usado blindado, fique atento a essas cinco dicas para não ficar a pé e desprotegido. Elas foram feitas com auxílio da Shida Serviços Automotivos.
Antes de comprar verifique:
Idade e quilometragem
Por receber um acréscimo de 50 a até 200 quilos, um blindado apresenta maior desgaste de componentes como as suspensões, além de alterações na distribuição de peso. Por isso, não é aconselhável comprar um exemplar acima de três anos de uso ou com quilometragem muito alta.
Data de validade
Para evitar prejuízo e surpresas desagradáveis, é muito importante conferir se a blindagem está dentro da validade. Verifique ainda se os vidros não têm delaminação, se as chapas e mantas das portas estão no lugar, e se motor, suspensões, amortecedores e máquinas de vidro, fechaduras e maçanetas funcionam normalmente.
Houve acidente?
Se o blindado passa por um acidente e é consertado em local não especializado, pode ter itens da blindagem remontados de forma incorreta. Neste caso, aconselha-se procurar um especialista, que removerá forros de porta, teto e porta-malas a fim de uma avaliação mais precisa. Este serviço varia de R$ 600 a R$ 800 em São Paulo.
Manutenção frequente
Um blindado exige manutenção preventiva mais frequente do que um veículo original, devido às já referidas mudanças no peso e em sua distribuição. O cuidado adequado evita troca precoce de peças como amortecedores da máquina de vidro.
Cuidados especiais
Preocupações extras incluem: não deixar o veículo no sol, pois o aumento da temperatura acelera a delaminação dos vidros e estes, por serem mais grossos, deixam o interior mais quente e potencializam danos a componentes internos; e não bater a porta do carro com o vidro aberto, pois ele pode quebrar. O custo de reparo só de um vidro varia de R$ 3 mil a até R$ 7 mil.
uol