A Namíbia é conhecida por seus lindos cenários desérticos, onde os turistas se divertem em passeios de balão, safáris e excursões sobre dunas.
Porém, no meio desse cenário árido do país africano, existe um local que poderia muito bem figurar em um filme de terror: trata-se da cidade fantasma de Kolmanskop, um antigo vilarejo que, no começo do século 20, abrigou os funcionários de uma mina de diamantes que existia na região.
Além de sua paisagem desolada, Kolmanskop oferece outro atrativo para os viajantes: o interior da maioria de suas construções está sendo reclamado pelas areias do deserto, que cobre os chãos de casas, o corredor de um velho hospital e salas de uma escola arruinada.
Muitas dessas edificações ainda mostram características de opulência: diz a história que, antes da Primeira Guerra Mundial, mais de uma tonelada de diamantes foi retirada das minas que existiam ao redor do vilarejo. Na época, o território que é hoje a Namíbia estava sob controle da Alemanha e, em Kolmanskop, chegaram a viver mais de 1.300 pessoas – muitos deles alemães que enriqueceram com a exploração do valioso mineral.
Essa prosperidade fez com que, no vilarejo, fossem erguidos imponentes edifícios, como as residências dos chefes da mineração, um cassino, um teatro e até uma fábrica de gelo.
Nos anos 1930 e 1940, entretanto, as minas começaram a secar, e a vila, fundada em 1908, foi completamente abandonada em 1956.
Hoje, Kolmanskop é ideal para turistas que são amantes de fotografia. Tais viajantes gostam de entrar em seus decrépitos edifícios para tirar fotos de ambientes completamente cobertos de areia (e as imagens costumar ficar bem interessantes). É uma visão um tanto apocalíptica e que já serviu de cenário para produções de terror pouco conhecidas, como o filme “Dust Devil”, de 1992.
Durantes as incursões ao antigo vilarejo, os visitantes costumam ter areia até os joelhos, além de sofrer com o forte calor que, com frequência, se abate sobre toda a região. E há também atrativos para quem gosta de arquitetura: muitas das casas locais exibem típicos traços das residências alemãs da Bavária, que contrastam com as vastidões desérticas da área.
Kolmanskop está a mais de 700 km de Windhoek, a capital da Namíbia. A melhor maneira de chegar lá é contratando um tour na cidade de Lüderitz, que fica a cerca de 10km da cidade fantasma.
É recomendável que os turistas usem tênis de trilhas para visitar o lugar, para evitar que muita areia entre dentro dos calçados. Óculos escuros e chapéu, por sua vez, são fundamentais para se proteger do sol africano. E leve muita água: você com certeza sentirá sede ao se ver em um ambiente tão desolado.
uol