Desde a sua estreia, o projeto ‘Nosso Jeito de Ser’ – evento que reúne feira de afro empreendedores ao show de Lazzo Matumbi e artistas convidados – gerou impacto e arrematou calorosos aplausos do público e imprensa de Salvador. Este mês, o evento ganha versão ampliada e será realizado em novo dia e local. A próxima edição acontece dia 27/11 (domingo), no pátio do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), com feira às 13h (entrada franca) e shows logo após o pôr do sol, em área paga, com ingressos à venda no Sympla e no local.
Realizado pela Aláfia Produções & Eventos, ‘Nosso Jeito de Ser’ reúne múltiplas linguagens artísticas em um mesmo espaço. No pátio, jovens empreendedores exibem seus produtos e projetos ao público. No palco, Lazzo Matumbi apresenta grandes sucessos da sua carreira, faz releituras de canções consagradas na voz de outros intérpretes, recebe convidados que dialogam com a temática do projeto e mescla o tradicional ao moderno das muitas vertentes musicais.
A comercialização de produtos confeccionados pelos próprios expositores será feita na área livre do MAM, com acesso gratuito para o público, a partir das 13h. O show de Lazzo pretende, além de divertir, reforçar o empoderamento negro e debater importantes questões sociais. Parte disso vem da força das imagens projetadas nas paredes e dos videografismos criados por VJ Gabiru. A proposta do evento é unir arte, informação e boa música em um só lugar.
Expositores – sucesso e superação
Dentre as várias histórias de superação e empreendedorismo dos expositores da Feira, destacam-se a da professora Lucia Góes e a de Márcia e Mércia Gil-Braz – mãe e filha que, apaixonadas por bonecas, resolveram recriar brinquedos. A partir de garrafas usadas, caixas esquecidas, cabides quebrados, sandálias e tudo o mais que se possa transformar, elas deram novas formas a antigos objetos. A ideia conquistou muitos fãs e virou um negócio de sucesso nas redes sociais. Juntas empreendem o projeto ‘Ateliê Márcia Mércia’.
Já Lúcia Góes, professora de História, viveu um caso emblemático: em um fatídico carnaval, ela foi vítima de injúria racial no saguão de um hotel em Salvador. Disposta a processar o estabelecimento, venceu o processo em várias instâncias jurídicas e com o dinheiro da indenização criou a Livraria e Café Vila Étnica, inaugurada este ano, no Pelourinho.