No fim da semana passada, líderes da Arábia Saudita decidiram não participar de uma reunião prevista para esta segunda-feira com a Rússia e outras nações que não pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A atitude dos sauditas gerou dúvidas sobre a capacidade da Opep de finalizar um acordo para cortar sua produção, durante reunião de cúpula que acontece na quarta-feira (30), em Viena.
Diante das incertezas, os investidores aproveitaram para embolsar lucros do rali causado pela inesperada vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos EUA.
Segundo Stephen Innes, operador de câmbio sênior da Oanda, há muito nervosismo em relação ao cenário do petróleo, o que ajuda, por exemplo, a estimular a demanda pelo iene, uma vez que a moeda japonesa é considerada mais segura.
Além disso, uma série de indicadores dos EUA a ser divulgada nesta semana, incluindo a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre e o relatório de emprego de novembro, contribui para o momento de realização.
“O que estamos vendo é a reversão de posições excessivas que se acumularam recentemente, comentou Marito Ueda, diretor da FX Prime byGMO.
O recente rali do dólar veio em meio a expectativas de que o futuro governo de Trump seja agressivo na concessão de estímulos fiscais, o que tenderia a impulsionar os juros básicos nos EUA.
Às 5h29 (de Brasília), o dólar caía a 112,06 ienes, de 113,04 ienes no fim da tarde de sexta-feira, enquanto o euro avançava a US$ 1,0650, de US$ 1,0597 na sexta, e a libra subia a US$ 1,2496, de US$ 1,2470. No mesmo horário, o dólar também se desvalorizava ante várias moedas emergentes, como a lira turca e o rublo russo, e em relação a divisas ligadas a commodities, como os dólares da Austrália, do Canadá e da Nova Zelândia e o rand sul-africano. Com informações da Dow Jones Newswires.
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