O Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), alcançou, no mês de novembro, a marca de dois milhões de mudas produzidas. Destas, mais de 1,3 milhão são de cacaueiro, de origens clonal e seminal, geneticamente melhoradas e com previsão de venda dos primeiros lotes a partir de dezembro. A unidade também já possui grande quantidade de outras fruteiras, como graviola, banana, abacaxi, goiaba, açaí, cajá e cupuaçu, além de mudas de mandioca e essências florestais.
“O Instituto Biofábrica cumpre seu papel de produzir, multiplicar e distribuir aos agricultores materiais genéticos de alta produtividade e alto valor agronômico, associado à produção de mudas selecionadas de frutíferas tropicais compatíveis com os diversos ecossistemas baianos. O impacto da melhoria na qualidade das mudas é sentido por cada produtor individualmente, mas, acima de tudo, se reflete no desenvolvimento da produção agrícola da Bahia como um todo”, afirma o secretário estadual da Agricultura, Vitor Bonfim.
A Biofábrica tem realizado inovações tecnológicas no processo de produção de mudas enraizadas, com o objetivo de ganhos na qualidade fisiológica da planta e na relação custo benefício. Para isso, implantou a técnica do uso de miniestacas e pré-enraizamento das mudas em câmaras de nebulização. Essa tecnologia foi desenvolvida pelo pesquisador George Sodré, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), e adaptada pelo IBC para a produção em escala comercial.
“Esse processo permite que a planta se desenvolva com rapidez e de forma saudável. O IBC busca por inovações de forma continuada, de modo que reflitam positivamente na produção, desde o agricultor familiar ao grande produtor“, destaca o diretor-geral da instituição, Lanns Almeida.
A melhorista vegetal do IBC, Kaleandra Sena, destaca a implementação da plataforma de ciência e inovação do instituto, que atualmente conta com sete trabalhos científicos, sendo quatro em parceria com pesquisadores da Ceplac e dois internos. Os projetos contemplam as áreas de produção vegetal, variabilidade genética de fungos, melhoramento vegetal e extensão.
“O IBC representa uma ferramenta imprescindível na restruturação da fruticultura, com destaque para a cacauicultura, não só na região como a nível nacional, uma vez que seus produtos possuem alta qualidade agronômica e certificação dos órgãos competentes. Além do cunho comercial, sua estrutura permite a exploração e suporte científico e tecnológico para empresas de pesquisa e instituições de ensino técnico e superior, por meio de estudos que promovam novas alternativas para melhoria e otimização de protocolos relacionados à produção agrícola” enfatiza Sena.
Secom