Os critérios para doação de sangue estão mais rígidos. Diante do avanço de zika e chikungunya no país, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fizeram uma nota conjunta em que estabelecem uma série de regras para evitar que as duas doenças sejam transmitidas durante a transfusão de sangue. “Desde o ano passado, já havia precauções nesse sentido. O que fizemos agora foi ampliar as recomendações”, afirmou o gerente de sangue e tecidos da Anvisa, João Batista da Silva Júnior. No caso da zika, afirma, os cuidados agora se estendem já levando em consideração o risco de transmissão do vírus por via sexual. Até há dois meses, infectados pelo zika eram considerados inaptos para doação por 30 dias ou após a recuperação laboratorial. A partir de agora, também são considerados inaptas para doação por 30 dias pessoas que até três meses antes tiveram relação sexual com parceiro que apresentou diagnóstico da infecção. No caso de chikungunya, devem ser considerados inaptas, durante 30 dias, pessoas que tenham se deslocado para regiões endêmicas ou com epidemias confirmadas da doença. No caso de pessoas que vivem em regiões com epidemia confirmada da doença, também devem ser consideradas inaptas por 30 dias. Em fevereiro, Brasil e EUA se comprometeram a desenvolver testes para doadores de sangue contra zika. No dia 26, a agência reguladora de alimentos e medicamentos americana (FDA) recomendou que todos os estoques de sangue doado fossem submetidos a testes para o vírus.