A Comissão de Ética da Fifa, entidade máxima do futebol, decidiu ontem (19), pelo banimento perpétuo de Rafel Callejas e Alfredo Hawit, ex-presidente da Federação Hondurenha de Futebol (FENFUTH) e ex-secretário da entidade, respectivamente. Os dois estão envolvidos no “Fifagate”, como é chamado o grande escândalo de corrupção no futebol mundial, investigado e denunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em dezembro de 2015.
Os dois são acusados de lavagem de dinheiro e recebimento de propina na negociação de direitos de transmissão de jogos na América Latina e de eliminatórias da Copa do Mundo. O crime teria acontecido entre 2008 e 2014, quando Callejas presidia a federação hondurenha e Hawit ocupava o cargo de secretário-geral da corporação. A dupla é suspeita de ter embolsado US$ 1,6 milhão (R$ 5,5 milhões), e será julgada, pela justiça comum, em 2017.
No inicio de 2016, Rafael Callejas, que também já foi membro do comitê de marketing e televisão da Fifa, assumiu os crimes de corrupção acima citados. No mês seguinte, em abril, Hawit confessou ter recebido propina de várias empresas em troca de direitos de transmissão televisiva dos jogos da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) e da UNCAF (União Centroamericana de Futebol).