Após denúncias de que documentos da última gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) de Alagoinhas foram queimados, o novo secretário da pasta, José Alfredo Menezes Filho, também denunciou o fato à Polícia Civil. Em entrevista ao Jornal da Digital News, o secretário adiantou que solicitou a perícia, a fim de saber se os papéis queimados se referem a documentos relacionados aos programas executados pela Semas na gestão anterior. Alfredinho, como é mais conhecido, se uniu ao ex-vereador Radiovaldo e aos vereadores Thor de Ninha e Luciano Sérgio, além de pessoas inscritas no programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Conjunto Linha Verde. O grupo se encontrou na Câmara Municipal da cidade, nessa quarta-feira (4), para eleger os três representantes dos beneficiários que vão participar de uma comissão com o propósito de apurar as irregularidades constatadas pela Caixa Econômica Federal. A comissão será completa ainda com a participação de um representante do Ministério Público, um vereador e três técnicos do Semas. Dentre as irregularidades a serem analisadas está a divergência no número de inscritos na lista divulgada pela gestão anterior, que conta com 674 nomes, e a lista entregue à Caixa, com 686 nomes, 12 a mais. Outra incoerência é a não diferenciação entre titulares e suplentes do programa. “O Condomínio da Calu tem 500 unidades. Isso significa que 186 famílias ficarão sem casas. Mas precisamos investigar caso a caso para saber quem atende e quem não atende os critérios de seleção do programa e entender o porquê da inclusão desses outros 12 nomes”, explicou Alfredinho. Na oportunidade, o secretário contou que o programa Bolsa Família está temporariamente fora do ar na cidade, mas adiantou que a situação será resolvida até a próxima terça-feira (10) quando as senhas da conta do programa serão substituídas.