Um surto de febre amarela na cidade de Teófilo Otoni, localizada em Minas Gerais, mas próxima a Bahia, está causando uma certa preocupação aos baianos. Isso porque já faz alguns anos que esta doença infecciosa, que pode levar a pessoa ao óbito, não registra casos em Salvador, porém na cidade mineira, já são 23 pessoas que tiveram esta doença desde o início do ano e 14 delas morreram por causa da patologia.
Por causa desta preocupação coletiva, o Varela Notícias consultou uma especialista para falar dos meios de prevenção, dos sintomas, do tratamento da patologia e a importância da vacinação, já que a vacina contra a febre amarela faz parte do calendário de vacinas obrigatórias.
“É uma doença muito grave, causado pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, porém é muito mais letal que a própria dengue, ou a zika ou a chikungunya. A febre amarela é uma doença aguda cujos alguns sintomas são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. O mais grave é que uma doença grave que atinge os rins e não tem um tratamento específico. Pois quando chega no hospital, tem que fazer uma hemodiálise por causa da função renal e o paciente deve ser levado para a UTI pra tentar se recuperar, porém é um caso muito difícil de se tratar”, disse a infectologista Nanci Silva.
A infectologista consultada pelo VN também falou da importância da vacinação para o ser humano. “A melhor forma de se combater a febre amarela é a vacinação. Tem a vacina e ela está disponível nos postos de saúde. Se a pessoa tomar a vacina por um período de 10 anos, ela vai ter uma ótima proteção, lembrando que a vacina nunca dá os 100%, porém lhe dá menos chances de adquirir esta patologia. E eu acho seguinte, caso o primeiro caso chegue na Bahia, é de vital importância começar uma campanha intensa de vacinação contra a febre amarela”, informou Dra. Nanci Silva.
Apesar da importância da vacinação, Dra. Nanci Silva falou de cuidados que devem ser tomados em relação ao mosquito causador da doença. “Claro que devemos ter cuidado com a água parada e deixar o ambiente seguro em relação ao mosquito, pois além de evitar a dengue, outras doenças virais como a dengue e a zika, que já são endêmicas por aqui, podem ser evitadas.”, disse a infectologista consultada pelo Varela Notícias.
Varela Notícias