Receitas caseiras e diversos “segredinhos de beleza” que são passados de mãe para filha nem sempre são indicados por especialistas. Alguns truques ficaram muito famosos entre as gerações passadas, mas com o tempo mostraram-se ineficazes e até perigosos. A seguir, veja alguns exemplos dos métodos caseiros de embelezamento que hoje são considerados absurdos.
1) Pimenta no gloss
Já imaginou colocar pimenta na composição do gloss para aumentar os lábios? A técnica era usada para fazer a região inchar e dar um efeito de lábios carnudos. “Não era eficiente e ainda dava uma sensação de ardência bastante incômoda”, diz Simone Barcelos, especialista em maquiagem, pós-graduada em cosmetologia e fundadora da Escola Madre, de São Paulo.
2) Glitter nos cabelos e na maquiagem
O gel com glitter era queridinho tanto no dia a dia ou na balada durante a década de 80 –e não precisava de festa especial para cair na montação. “O problema aí é que era muito complicado de remover”, diz o maquiador Alex Cardoso, da Escola Madre. Outra reclamação recorrente eram as alergias, principalmente quando os flocos de glitter iam parar dentro dos olhos.
3) Anticoncepcional no xampu
Com a intenção de usar os hormônios da pílula para fazer o cabelo crescer, muitas mulheres investiram na misturinha dentro dos frascos de xampu. “Foi uma febre, mas não é um método eficiente porque os cuidados para o cabelo crescer precisam vir de dentro para fora, como manter uma alimentação balanceada”, garante Jô Nascimento, especialista em cabelos e embaixadora da marca L’Oréal Professionnel.
4) Tingir os fios com papel crepom
Inspiradas pelo estilo da cantora Cyndi Lauper, as adolescentes dos anos 80 e 90 usavam uma técnica para retirar a cor do papel crepom e tingir os cabelos. “As mães não deixavam tingir de verdade e, na época, também era complicado encontrar cores exóticas. O jeito foi tirar a cor do papel com álcool e depois aplicar no cabelo. Estraga os fios, não é nada indicado e sai depois de algumas lavagens. Hoje já existem produtos seguros para conquistar essas cores”, avisa Jô.
5) Clara de ovo e sabonete para fazer penteados
De acordo com o cabeleireiro e maquiador Diego Américo, da Escola Madre, na falta de um gel básico muita gente usou clara de ovo para moldar topetes classudos. “E se fosse para fazer um estilo moicano, bem duro e esticado para cima, mais punk, o sabonete de glicerina em barra também era uma saída”, lembra o especialista. No entanto, os dois truques deixam cheiros horríveis nos cabelos, além de resultar em fios sujos e, no caso do sabonete, muito ressecados.
6) Raspar e redesenhar as sobrancelhas
“O que lembro que mais caiu em desuso foram as sobrancelhas muito finas e também o hábito de raspar tudo para redesenhar com lápis em cima”, diz Chloè Gaya, maquiadora e consultora de imagem na Escola Madre. Na contramão de Kim Kardashian, que atualmente dita a moda das sobrancelhas bem marcadas e mais grossas, antigamente não precisava nem ter sobrancelhas para estar na moda. Você se lembra?
7) Clarear os pelos do corpo com água oxigenada
Depois de muita gente ter passado perrengues como queimaduras e manchas na pele, o hábito de passar água oxigenada para clarear os pelos do corpo foi ficando de lado. Era comum ver as mulheres na praia besuntadas de pasta branca para descolorir os fios debaixo do sol.
8) Bronze com refrigerante e óleos sem fator de proteção
Coca-Cola, óleo de amêndoas ou de urucum para se bronzear? Sim, foram técnicas muito usadas. E não é preciso nem falar muito sobre como tomar sol sem proteção é perigoso. “Minha mãe, por exemplo, costumava comprar óleo hidratante para bebês e colocava dentro da embalagem sementes de urucum para ajudar a bronzear”, lembra Américo.
9) Cerveja para cachear e dar brilho no cabelo
De acordo com Camila Irala, cabeleireira e maquiadora especializada em noivas, a cerveja já foi muito usada para dar brilho e cachear os cabelos, mas o resultado também dura poucas horas e ainda é preciso enfrentar o cheiro forte de cerveja velha depois.
10) Ferro de passar para substituir a chapinha
“Lembro que antigamente era comum substituir a chapinha por um ferro de passar tradicional”, diz Camila. Ou seja, na falta de uma prancha adequada e com proteção térmica era simples passar com ferro, mas o resultado, infelizmente, sempre acabava em cabelo liso e todo estragado.
uol