Até abril deste ano, a temporada de cruzeiros na costa brasileira segue a todo vapor. E mesmo quem está acostumado a viajar com frequência pode ter dúvidas sobre esse tipo de passeio. A seguir, listamos oito informações importantes para os turistas de primeira viagem.
Existem cruzeiros de curta duração
Quem nunca viajou a bordo de um navio pode escolher um minicruzeiro para testar a experiência, antes de optar por uma viagem mais longa. As companhias oferecem roteiros a partir de 3 e 4 noites. É uma estratégia interessante, especialmente para quem teme passar mal durante o passeio.
Pode ser que você enjoe, mas não todos os dias
Pessoas que sentem náuseas em brinquedos de parques de diversão e também quando andam de carro, descendo serra ou ao percorrer uma estrada sinuosa, sentadas no banco de trás, são as mais propensas a sentir-se mal em um navio. “Ainda que o balanço do navio seja suave, nosso labirinto não está acostumado com o corpo se movimentando. Mas é possível habituar-se depois de um tempo em alto-mar”, diz o médico Ricardo Ferreira Bento, diretor da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Já pessoas que sofrem de labirintite podem passar ilesas por uma viagem como essa.
É preciso levar roupa formal
Nos cruzeiros mais longos há a chamada “Noite do Comandante”, quando é servido um jantar mais sofisticado a todos os passageiros. “Antigamente, os homens usavam smoking nesta situação mas, hoje em dia, um paletó basta. As mulheres costumam ir de vestido”, explica Dario Parazzoli, gerente de Vendas e Marketing da Costa Cruzeiros no Brasil. É claro que você não é obrigado a vestir-se dessa forma, mas é bom saber que a maioria das pessoas usará traje social na ocasião.
A moeda interna não é o real
Ainda que o destino seja brasileiro, o real não é aceito dentro do navios. Na América do Sul, a moeda interna sempre será o dólar. Já na Europa, aceita-se o euro. O dinheiro é utilizado para consumir bebidas, adquirir excursões, jogar no cassino e também para comprar em lojas de grifes que estão dentro de alguns navios, assim como no Duty Free.
Muitas companhias restringem a entrada com bebidas
Cada companhia tem a sua regra, mas o usual é não permitir que os hóspedes entrem no navio com bebidas alcoólicas ou mesmo não alcoólicas. Se confiscadas, elas não serão devolvidas. Algumas empresas, como é o caso da Royal Caribbean, permite duas garrafas de vinho ou champanhe (de 750 ml) por cabine – que só podem entrar no dia do embarque. Caso sejam compradas nos portos de escala ou nas lojas a bordo, o mais comum é que fiquem guardadas no navio, para serem devolvidas ao fim da viagem.
Pode ser que a escala não ocorra
Embora não seja comum, acontece de o navio não conseguir parar em um ponto de escala por questões de segurança. Em locais em que não há porto, quando o navio fica ancorado, como é o caso de Búzios (RJ), os riscos são maiores. “A Capitania dos Portos coloca uma série de restrições para a posição de ancoradouro, como força do vento e altura das ondas. Dependendo disso, pode ser que o comandante decida não parar no local, porque ninguém poderia descer”, explica Parazzoli.
As filas nas escalas podem ser longas
Quando o desembarque em uma escala é feito com o navio atracado, o fluxo de passageiros entrando e saindo do navio costuma ser bom. No entanto, se o navio está ao largo, o desembarque é feito com as lanchas do navio. Neste último caso, a descida e a subida em um ponto de escala pode levar horas e é preciso planejar-se.
As cabines do meio mexem menos
A regra é: cabines em decks inferiores e ao centro do navio balançam menos durante a navegação, conforme explica a agente de viagens Maristela Gomez, da Cinqtours. “As localizadas na parte traseira do navio sofrem maior interferência de ruídos de maquinário da embarcação”, diz. Já as cabines com varanda dão acesso ao ar-livre, enquanto as externas com janela ou escotilha não permitem a entrada de ar, mas deixam entrar a luz natural. “As cabines internas não possuem janela ou vista, mas são as mais econômicas disponíveis no navio”, afirma Mariza Rosa, diretora da Agaxtur Viagens.
uol