O projeto de reforma da previdência proposto pelo governo Temer, determina que o trabalhador brasileiro tenha no mínimo 65 anos de idade para se aposentar e 25 anos de contribuição. A mudança vale para homens e mulheres e engloba trabalhadores de empresas privadas, trabalhadores rurais, servidores públicos e políticos.
Diante do novo modelo, a previdência privada será ainda mais preciosa para os novos trabalhadores. Uma aliada, para entender melhor o funcionamento dessa espécie de poupança, a reportagem do Varela Notícias entrevistou um especialista para tirar dúvidas comuns de como solicitar o serviço e esclarecer alguns mitos. De acordo com Sandro Bonfim da Costa, Superintendente de Produtos, de uma famosa empresa de previdência privada, qualquer trabalhador pode contribuir, independente do salário. Existem pacotes a partir de R$ 5,00.
“A pessoa que é assalariada ela tem inclusive vantagens que são bem importantes no momento de fazer um plano, fica até mais fácil a questão do incentivo fiscal. Essas pessoas geralmente fazem declaração completa, o salário fixo permite ela fazer abatimento do IR já na folha, sem precisar esperar o reajuste anual. Existem várias vantagens para CLT”, disse o especialista.
“O plano Jr. que algumas empresas oferecem, que os pais fazem para os filhos, o mínimo é R$ 5,00 por mês. As taxas para adulto podem começar a partir de R$ 60,00”, completou.
VN– Como fazer para adquirir um plano?
Costa – Depende muito do formato. Se a pessoa trabalha em uma empresa que não tem plano de previdência corporativa, ai indicamos que essa pessoa procure um suporte, um apoio construtivo para fazer. Os bancos oferecem esses planos, basta a pessoa pesquisar e avaliar qual melhor para ela.
Existem pessoas que começam a fazer o plano e começam com um valor incompatível com a renda que elas querem atingir. A pessoa precisa avaliar qual objetivo ela tem lá na frente e qual valor ela tem que contribuir hoje para atingir um saldo para concretizar o objetivo desse plano, se não ele fica desconfigurado.
VN – Existe fidelidade?
Costa – Normalmente tem uma carência inicial, que no mercado varia em torno de seis meses. A pessoa contribui e não pode resgatar durante este período. E depois trem uma carência entre resgates ou portabilidades de 60 dias. Se a pessoa entrou com um plano e por algum momento não estiver satisfeita, com a seguradora por exemplo, ela pode portar o plano para outra empresa.
Tem diversos caminhos. Tem muita flexibilidade para que a pessoa entre e eventualmente saia. Mas o objetivo quando se faz esse tipo de plano, tem que ser longo prazo para ganho, por causa dos incentivos fiscais.
VN – A previdência privada pode ser usada como poupança?
Costa – Se a pessoa tem como objetivo trocar de carro daqui a seis meses, reformar a casa daqui a um ano, talvez esse tipo de plano não seja o mais indicado para ela. Este é um tipo de aposentadoria, e realmente o retorno só vem depois de aproximadamente 20 anos.
Um dos pontos mais fortes do previdência privada para o trabalhador assalariado é a contribuição para o INSS – parte da previdência já está sendo constituída. Começar o quanto antes é o ideal. O tempo do investimento é fundamental.
Varela Notícias