Representantes de empresas, bancos, construtoras, consultorias, concessionárias e fornecedores de equipamentos participaram, nesta sexta-feira (27), da Sessão Pública de apresentação do projeto do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa. O evento reuniu em torno de 45 participantes interessados no projeto, cuja perspectiva é de beneficiar diretamente mais de 600 mil moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador. A previsão é de início das obras em até 90 dias após a assinatura do contrato da PPP. O prazo para conclusão é de 24 meses.
“Conseguimos explanar os detalhes sobre o modal e tirar todas as dúvidas técnicas, além de ratificar a viabilidade do sistema”, garantiu o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster. “A sessão de hoje atendeu as expectativas e foi muito importante para esclarecimentos aos interessados e o andamento do processo”, endossou o presidente da Companhia de Transportes da Bahia – CTB, Eduardo Copello.
Também foi apresentada a modelagem econômico-financeira do projeto, cujo orçamento gira em torno de R$ 1,5 bilhão, bem como o sistema de garantia financeira, respaldado pelo modelo de Parceria Público Privada – PPP. “A PPP tem se mostrado uma alternativa para grandes projetos de infraestrutura com destaque, especialmente, para o metrô de Salvador, que se tornou referência em mobilidade urbana no Brasil. Então, o Estado está aprimorando ainda mais esse modelo para o VLT do Subúrbio”, pontuou Eduardo Copello.
O processo de consulta pública do VLT está aberto até o dia 31 de janeiro. Interessados podem enviar sugestões e tirar dúvidas via e-mail ([email protected]). Toda documentação – e um vídeo de apresentação do projeto – está disponível no site da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e também pode ser consultada na sede da Secretaria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Subúrbio nos trilhos
O VLT, que vai substituir os trens do Subúrbio, terá 18,5 quilômetros de extensão e 21 estações. Estão previstas intervenções em duas fases: a primeira, entre o Comércio e Plataforma, tem 9,4 quilômetros; e a segunda, entre Plataforma e São Luiz, com 9 quilômetros.
Atualmente, a malha ferroviária que liga Paripe à Calçada é de 13,6 quilômetros. É importante ressaltar que o sistema de trens do subúrbio data da década de 70, portanto, com equipamentos antigos e que, eventualmente apresentam problemas técnicos. A manutenção e conservação da via permanente, da estação e toda infraestrutura e serviços (como a lavagem dos trens) é realizada diariamente.