Depois de ter somado mais de um milhão de espectadores, consagrando o sucesso unanime de crítica e público, o ator Luís Miranda retorna ao teatro baiano para uma temporada especial de verão da comédia 7Conto – uma realização da Miranda Produções e Paula Hazin, direção da atriz Ingrid Guimarães e supervisão de direção de Elísio Lopes Jr (do “Esquenta!” e do “Espelho”). Sempre atualizando e reciclando cenários, figurinos e texto, o espetáculo ficará em cartaz em curta temporada, a partir do dia 4 de fevereiro, aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h, e segue até março, no Teatro Jorge Amado.
Do tablado para a TV
Em 2017, 7Conto se aquece para alçar novos vôos. A comédia invadirá as telinhas em formato de série, numa parceria entre Luís Miranda e Elísio Lopes. Os dois estão produzindo o roteiro para TV e cinema com os personagens da peça, que será entregue no início de 2018.
Ação Social – Programa Eu Faço Cultura
Beneficiários dos programas de Governo, estudantes de escolas estaduais e municipais, participantes de ONGs podem se cadastrar no site www.eufacocultura.com.br e adquirir o ingresso gratuito para assistir ao espetáculo 7Conto.
Sobre o espetáculo
7Conto vai muito além da comédia, ele convida a plateia a lançar um novo olhar sobre as questões sociais e políticas do país de uma forma cômica porém muito intensa. “Essa será uma temporada muito especial, pois, o momento do país é muito significativo. Ter uma comédia de 10 anos que continua atual, para mim isso é a afirmação da minha assinatura como dramaturgo, comediante e ator”, revela Luís Miranda, que se mostra feliz por realizar um projeto atemporal.
A Comédia, com texto e atuação do próprio ator, é um espetáculo que aponta, de uma maneira bem humorada, as diferenças do Brasil através de sete personagens , todos criados pelo ator. Com direção de Ingrid Guimarães, Luís Miranda coloca em cena todo o seu talento de humorista, fazendo o público rir e se identificar com os personagens:
QUEIXADA, bebum, misto de guardador de carros e filósofo do cotidiano, flanelinha simpático, como raramente se encontra nas ruas das grandes metrópoles, arranca gargalhadas ao contar as aventuras e desventuras de suas relações com os clientes, em meio a goles da sua inseparável garrafinha de cerveja.
CAROLINE, O ator negro encarna a atriz mirim que não se conforma com os papéis que lhe são reservados na história do teatro e televisão brasileiros. Com a doçura peculiar das crianças carentes de atenção, expressa na voz fina carregada de simbolismo e no humor nada inocente, a personagem ironiza a postura da literatura infantil, que põe em campos radicalmente opostos Branca de Neve e O Negrinho do Pastoreio, refletindo-se de forma idêntica nas novelas e nas peças nacionais.
DONA EDITI, líder comunitária e apresentadora do programa Editi, Corte e Economize, é uma homenagem bem humorada às mulheres faveladas que labutam no dia-a-dia, às voltas com a falta de dinheiro e tendo que usar a criatividade para tocar a vida, revela o ator, que inspirou-se sobretudo em sua mãe, Luzia Miranda.
DETONA, apresentadora do programa da TV Magnata, uma clara alusão aos apresentadores sensacionalistas da televisão brasileira. A graça do personagem é maliciosa, e seu discurso indignado contra os pobres faz rir pelo nonsense, mas revela a sua verdadeira face na arrepiante cena final, de certa forma síntese de todo o espetáculo.
SHEILA, socialite das mais chiques e afetadas, megalômana e deslumbrada, ela é um dos tipos mais populares e caricatos construídos por Luís Miranda em sua carreira. Deusa do luxo e sofisticação, absurdamente vestida com um sobretudo fabricado com “o pelo-rei de ovelhas albinas criadas no sul-nordeste da Croácia”. A mesma que, na companhia de príncipes e condes tão ricos e fúteis quanto ela, sorve goles e goles do “prosecco tão seco, mas tão seco, que é feito com uvas passas…”.
DONA ARMINDA, uma octogenária que faz chorar com a percepção do quanto somos cruéis com os idosos neste país e faz chorar de rir com seu palavreado desbocado de indignação contra as maravilhas da informática que, contudo, excluem e fazem penar os mais velhos.
DANDARA – Uma crítica à intolerância religiosa