O colorido das fantasias que reluzem a ancestralidade africana refletem a beleza que é a passagem do Bloco Afro Muzenza do Reggae nesta noite de sábado (25), no Circuito Osmar. Conhecido por abrir as portas para os adeptos dos cabelos dreadlocks, o Muzenza leva a massa no balanço do samba reggae há 37 anos.
“A Bahia, suas forças e os orixás não iam permitir que eu não viesse”, revela Alexandre Barillari ainda na concentração do Muzenza. Ansioso, o ator que curte o seu vigésimo carnaval em Salvador também é padrinho do Afoxé Filhos de Gandhy. “No Rio de Janeiro estou acostumado a ver o Axé e a Bahia não existiria sem esse manancial de alegria, de dança e ritmos que estão representados nos blocos afro”, explica.
Com seus dreads longos grisalhos, Albani da Paixão, moradora do bairro de Sussuarana, que sai no bloco pelo terceiro ano, diz que se sente bem com a sua estética. Atual integrante da Ala dos Rastafáris, ela se considera a imagem do próprio bloco, “Eu sou alegria, energia positiva é o que eu tenho pra dar, vender e emprestar, isso é o Muzenza”.
Com o tema Afrofuturismo, o bloco inova em dialogar com as novas tendências. “É o grafite, a moda, o estilo, a dança, a arte. A juventude nos mostra todos os dias o afrofuturismo e estamos representando em nossas fantasias e alas”, conta Jorge Santos, presidente do Muzenza do Reaggae.
Com a Muzembela, quatro alas e oitenta percussionistas no chão, o Muzenza também estará no Circuito Batatinha, na próxima segunda-feira (27).