O segundo dia do Encontro Nacional de Forró foi marcado pela participação de amantes dessa cultura vindos de vários lugares do Brasil, incluindo Minas Gerais, Piauí, Pernambuco e Ceará. O grande objetivo desse evento é discutir “Os rumos da forte e rica cultura do forró e de onde viemos, onde estamos e para onde nossa cultura pode caminhar?” e nessa sexta-feira (07) o foco principal foi o momento atual do forró.
Falar dessa cultura, que já coleciona tantos anos de história, é propagar um bem imaterial e, para esclarecer sobre esse assunto, o Maestro Alímpio Martins abriu os trabalhos do dia. Aproveitando o gancho, a Senadora Lídice da Mata deu grande contribuição ao Encontro, na manhã dessa sexta-feira (07). Na oportunidade a Senadora dialogou com os participantes sobre o Forró como patrimônio cultural imaterial.
As discussões realizadas no turno vespertinos, foram focadas na economia que gira em torno da cultura do forró. A participação do ex secretário de Turismo do Estado da Bahia e atual presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli rendeu bons debates para o Evento. Leonelli realizou uma análise sobre como o São João impacta diversos segmentos da economia, comprovando a festa gera lucro a todos.
“A cultura do forró é um dos artigos de maior prestigio na indústria brasileira e constitui-se na atividade econômica muito maior do que o carnaval. Na indústria e no comércio o São João contribui em uma escala maior, seja na venda de roupas, bebidas, comércio local ou na produção popular” enfatizou Domingos Leonelli.
Também estiveram presente na mesa dessa tarde os artistas Zelito Miranda, Nadia Maia e Carlos Pita. Representando os poderes púbicos estavam a ex prefeita de Armargosa, Karina Silva e a Secretária de Turismo de São Francisco do Conde, Úrsula Gomes. Além desses, estavam presente os idealizadores do projeto, Paulo Tear e Israel Mizrach.
Com a participação do público, o debate tentou solucionar questões sobre como valorizar a cultura do forró, visto que, segundo Tear, o forró vive um período de crise. Para Carlos Pita, o grande fator que contribui para essa desvalorização da nossa cultura é a educação.
“O grave erro da gente não ter uma indústria junina tão forte, é não acreditar na educação. Esse processo de introduzir a cultura junina está na base, eu acredito que a educação deve transformar o país e se a cultura e a educação se alinharem, teremos braços fortes para valorizar nossa cultura e transformar o país”, declarou Pita.
Além dos artistas que compuseram a mesa, estavam presentes nomes como Val Macambira, Carlos Vilela, Bruno Silva, Sandrinho do Acordeon e Paloma Luz que contribuíram nas discussões dos temas. Ao fim da tarde, os debates foram encerrados ao som da sanfona, zambumba e triângulo, o trio preferido dos amantes de forró.
À noite foi a hora de dançar muito forró com um encontro mais do que especial entre grandes nomes da música. Quem deu inicio a festa foi o artista cruz-almense Chico Almeida, seguido por Caninana. Quando Alcymar Monteiro subiu ao palco foi o momento do público vibrar com os clássicos, seguido de Bruno Silva e a banda Sarapatel com Pimenta que finalizou a sua participação junto com Adelmario Coelho, que colocou todo mundo par dançar.