As mulheres devem seguir um calendário preventivo a partir da menarca e assim por diante de acordo com a faixa etária
No caso das mulheres, esta inquietude torna-se acentuada, uma vez que poucas pacientes buscam realizar os exames de rotina e quando se descobre, o quadro clínico já se encontra avançado. Assim, surge a necessidade de falar sobre as células cancerígenas que atingem o sexo feminino como uma forma de prevenção, por isso existe o movimento “Outubro Rosa”, fazendo as mulheres refletirem sobre a doença.
Contudo, apesar da importância deste problema, outros sinais clínicos também precisam de atenção. De acordo com dados do Ministério da Saúde, brasileiras acima de 50 anos morrem mais devido ao infarto do miocárdio e acidente vascular do que todos os cânceres combinados que atingem o aparelho reprodutor feminino. No Brasil, ainda segundo o órgão, as mortes de mulheres provocadas por doenças cardiovasculares totalizam 53%.
Para o cardiologista César Jardim, a saúde cardiovascular da mulher é pouco enfatizada se comparada com a do homem. “A falta de informação faz com que muitas pessoas não valorizem os sintomas. Somente o conhecimento da doença, suas causas e possibilidades terapêuticas poderão evitar possíveis complicações”, afirma o médico que coordenada a equipe do Hospital do Coração de São Paulo.
Sendo assim, o próprio especialista recomenda que as pacientes passem a apresentar um ritmo de medidas preventivas para que as doenças possam ser diagnosticadas desde cedo. Desta forma, é preciso fazer um acompanhamento com o médico de forma periódica, estabelecendo tempos corretos para a busca por ajuda. Por exemplo, segundo César, com relação as doenças do coração é recomendável uma avaliação cardiológica a partir dos 40 anos.
Rotina de exames
Desde o nascimento até os últimos dias de vida, as pessoas passam por baterias de exames. Durante os primeiros dias de vida, por exemplo, há a realização do teste do pezinho. As mulheres, por sua vez, quando passam pela primeira menstruação devem seguir um calendário preventivo, e assim por diante. “A partir dos 30 anos, a lista de exames que deve ser seguida anualmente à risca são: ultrassonografia pélvica e transvaginal, teste ergométrico, mamografia, Papanicolau, colonoscopia, testes oculares, análises sanguíneas e densitometria óssea”, elenca Jardim.
Exames de rotina para as mulheres: idade, periodicidade e como são feitos
A partir da primeira menstruação
De maneira anual, as mulheres precisam cuidar da saúde logo após a primeira menstruação. Entre os exames que devem ser feitos estão:
- Mamas: Verificação de nódulos nas mamas, prevenindo o câncer;
- Papanicolau: Exame feito após a coleta de material no colo uterino e através da observação do físico anual da pélvis. Estas medidas ajudam a diagnosticar de forma precoce o câncer de colo do útero e outras doenças ginecológicas;
- Sangue: Ideal para identificar doenças como diabetes, hipertensão e da tireoide.
A partir dos 30 anos
Também de forma anual, as mulheres que estão na casa dos 30 devem repetir os exames feitos a partir da primeira menstruação. Mas, de acordo com Jardim, devem inserir na rotina durante o ano a mamografia, principalmente quem já possui histórico de câncer dentro da família.
A partir dos 40 anos
Ainda anualmente e repetindo os exames anteriores, as mulheres precisam realizar outros exames como o de densitometria óssea, que busca detectar a osteoporose; a ultrassonografia pélvica e transvaginal, para avaliar a situação dos ovários e do útero; a avaliação cardiológica, eletrocardiograma e controle da pressão arterial; e a vacinação, que deve ser a tríplice viral e dupla adulto.
A partir dos 50 anos
Após os 50 os cuidados devem ser redobrados. Assim, além dos exames anuais, as mulheres também devem obedecer a periodicidade estabelecida pelo médico de acordo com os resultados dos exames já elaborados. Além dos já citados anteriormente, é necessário que a paciente busque realizar a colonoscopia, uma avaliação intestinal e exames oculares.
R7