A caderneta de poupança fechou o mês de abril novamente no vermelho. De acordo com informações reveladas nesta sexta-feira (5), pelo BC (Banco Central), a caderneta terminou o mês passado com R$ 153,346 bilhões aplicados e R$ 154,617 bilhões retirados, totalizando um saldo negativo de R$ 1,270 bilhões.
Com o resultado negativo do mês passado, a caderneta de poupança já acumula perda de R$ 18,672 bilhões neste ano. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, as perdas da poupança são fruto de R$ 664,520 bilhões retirados e R$ 645,847 depositados na caderneta.
Nos três primeiros meses de 2017, os saques superaram os depósitos em R$ 10,735 bilhões (janeiro), R$ 1,670 bilhões (fevereiro) e R$ 4,966 bilhões (março).
O resultado registrado em abril é também o que representa as menores perdas para o mês nos últimos quatro anos. Em 2016, o salda da aplicação em abril foi de R$ 8,246 bilhões. Nos dois anos anteriores, a caderneta teve uma retirada de recursos que superaram os depósitos em R$ 5,850 bilhões (2015) e R$ 1,273 bilhões (2014).
O resultado apresentado pela aplicação no mês passado só não foi pior porque nos dias 6 e 28 os brasileiros alocaram R$ 20,859 bilhões na caderneta e retiraram R$ 14,874 bilhões, permitindo que o saldo dos dois dias com maior captação líquida do mês somasse R$ 5,984 bilhões. Por outro lado, as maiores perdas diárias foram contabilizadas nos dias 17 (R$ 2,795 bilhões) e 24 (R$ 2,636 bilhões).
A retirada de recursos da caderneta tende a permanecer frequente mesmo com os sinais de retomada da economia porque outros investimentos disponíveis no mercado aparecem mais atrativos ao apresentarem rentabilidade maior.
A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a TR (Taxa Referencial) — esse cálculo vale para quando a taxa básica de juros, a Selic, está acima de 8,5% ao ano e atualmente está em 11,25% ao ano. Nos últimos meses, no entanto, a queda da inflação fez com que a caderneta voltasse a oferecer ganho real aos investidores.
R7