Não há plano concreto do governo para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda, afirmou nesta terça-feira (16) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acrescentando que foram apenas ventiladas ideias nesse sentido.
— De fato é uma coisa que seria positiva exatamente para as pessoas que estão naquela faixa de renda, por outro lado precisa ver o custo disso para a economia, para a sociedade. […] No momento não há um plano concreto de se fazer nada nesse sentido.
Na véspera, o presidente Michel Temer apontou que houve “apenas uma primeira conversa” sobre a possibilidade de ampliação da faixa de isenção do IR, mas reconheceu que a ideia o agradava.
Após dados divulgados nesta manhã terem apontado a abertura de quase 60 mil vagas de emprego formais no País em abril, Meirelles avaliou que esse movimento ganhará força com o tempo e estimou que em cerca de dois anos o país poderá voltar à situação de pleno emprego.
Sobre a reforma da Previdência, reiterou a expectativa que o texto seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados ainda neste mês.
Já em relação à edição da MP (Medida Provisória) sobre as novas condições do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural), Meirelles afirmou que o governo concluirá na quarta-feira o formato definido para o escalonamento do pagamento da dívida dos agricultores.
— É um parcelamento em possivelmente 180 meses e algum desconto no pagamento de juros, multa e etc.
O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), afirmou na véspera que o novo Funrural terá alíquota de 1,5 por cento sobre a receita bruta, ante 2,3% atualmente. Para os que não pagaram o imposto no passado, amparados por liminares, a alíquota deverá continuar em 2,3% até a quitação dos passivos.
R7