Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (24) ter registrado um lucro líquido de R$ 1,488 bilhão no primeiro trimestre de 2017. O resultado aponta um crescimento de 81,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 818 milhões.
Em comparação com o quarto trimestre de 2016, quando o banco teve lucro de R$ 691 milhões, o resultado aponta um avanço de 115,3%. O lucro líquido recorrente, que desconsidera efeitos extraordinários, foi de R$ 1,682 bilhão, 49,6% maior do que no primeiro trimestre de 2016.
O índice de inadimplência encerrou março em 2,83%, pouco abaixo dos 2,88% registrados em dezembro de 2016.
As despesas de provisão para devedores duvidosos chegaram a R$ 5,173 bilhões, um crescimento de 35,8% em comparação com o primeiro trimestre de 2016 (R$ 3,809 bilhões). O índice de inadimplência total acima de 90 dias foi de 2,83% no primeiro trimestre de 2017, redução de 0,7 ponto percentual em 12 meses.
A carteira de crédito ampla registrou saldo de R$ 715 bilhões, um crescimento de 4,5% em 12 meses. De acordo com o banco, o resultado foi influenciado pelas carteiras de habitação, consignado e infraestrutura, que possuem baixo risco.
Crédito
O crédito habitacional alcançou saldo de R$ 412,9 bilhões e aumento de 6% em 12 meses, dos quais R$ 211,3 bilhões com recursos FGTS, R$ 200,8 bilhões com recursos Caixa/SBPE e R$ 700 milhões com outros recursos.
As operações comerciais com pessoas físicas chegaram a R$ 101,9 bilhões, uma redução de 0,6% em 12 meses. O segmento de pessoa jurídica totalizou saldo de R$ 87,7 bilhões no primeiro trimestre, redução de 7,8% em 12 meses, também impactado pela baixo desempenho da economia.
Poupança
A poupança apresentou saldo de R$ 252,9 bilhões, uma alta de 5,6% em 12 meses. Em março de 2017, o banco possuía 70,4 milhões de contas de poupança, um incremento de 5,5 milhões de contas em relação ao registrado em março de 2016.
Despesas administrativas
As despesas administrativas tiveram aumento de 10,3% em 12 meses, impactadas pelo aumento de 17,2% nas despesas com pessoal, que cresceram devido ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) realizado no período. O programa teve adesão de 4.429 empregados, desconsiderando esse impacto o crescimento das despesas com pessoal seria de 6,1% em 12 meses. As outras despesas administrativas reduziram 1,8% em 12 meses e 15,8% em relação ao quarto trimestre de 2016.
Segundo o banco, esse desempenho fez com que o resultado operacional atingisse R$1,9 bilhão no trimestre, evolução de 420% na comparação com o mesmo período de 2016.
G1