O período junino é marcado, na Bahia, pela celebração de festejos populares. Além da presença tradicional de elementos culturais como comidas, música e danças típicas, elementos como fogos de artifício e fogueiras também são parte do evento, mas inspiram cuidados. Quem se diverte soltando fogos deve proteger não só a pele, mas, sobretudo, os olhos. Muitos não sabem, mas uma pequena fagulha de fogo pode causar lesões irreversíveis. “Nessa época crescem os riscos de queimaduras. Mas o alerta é que elas podem ocorrer também nos olhos, que estão expostos e são muito sensíveis. Uma queimadura no olho pode comprometer a estrutura e provocar, a depender da gravidade, uma lesão permanente”, explica o médico oftalmologista Antônio Nogueira, Diretor Técnico do CENOE Hospital de Olhos. O uso de fogos de artifício também requer cuidados, especialmente as crianças. “Os danos podem varias de irritações ou pequenas queimaduras, até lesões na conjuntiva e na córnea, ou perfurações no globo ocular, caso um pedaço do artifício volte em direção aos olhos”, alerta Dr. Antônio.
Segundo o médico, existem dois grandes vilões para a saúde ocular durante o período de festejos juninos. O primeiro está relacionado aos fogos, como visto. O segundo é a fogueira. “Suas cinzas, fumaça e brasas, muitas vezes ocasionam quadros de conjuntivite alérgica ou edema de pálpebra. Ardor, desconforto e lacrimejamento são os primeiros sinais de agressão à visão”, diz o oftalmologista. O especialista explica que a prevenção é mesmo o primeiro passo para se evitar acidente. Caso algo venha a acontecer, nunca utilize colírios sem prescrição médica, nem remédios caseiros. “Pomadas ou qualquer outro tipo de substância não devem ser utilizados porque podem piorar o quadro. Ao sentir um desconforto ou qualquer outro sintoma ocular, deve-se procurar uma emergência oftalmológica o mais rápido possível”, finaliza Dr. Antônio.