Pelo menos uma pessoa morreu na madrugada de hoje (8) em razão das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul há quase duas semanas. As condições climáticas — que, apesar dos estragos, ainda não havia feito vítimas — podem ter sido a causa de outras duas mortes investigadas pela Defesa Civil gaúcha.
A morte foi registrada no município de Liberato Salzano, no noroeste do estado. Um jovem de 17 anos morreu após ter sido atingido por um raio. Em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, uma mulher de 79 anos morreu na localidade de Vila Oliva, onde cerca de 100 casas foram afetadas pelas chuvas. A causa da morte ainda está sendo investigada.
Em Porto Alegre, uma residência foi atingida por um deslizamento de terra durante a madrugada. O Corpo de Bombeiros resgatou uma pessoa com vida e trabalha para retirar uma possível vítima dos escombros.
De ontem para hoje, o número de municípios em situação de emergência no Rio Grande do Sul aumentou de 56 para 68. Segundo boletim divulgado na manhã desta quinta-feira (8) pela Defesa Civil, 136 municípios foram afetados pelas chuvas das últimas semanas em todo o estado. O número de desabrigados e desalojados subiu de 5,7 mil para 9,8 mil pessoas entre a tarde de ontem e a manhã de hoje.
A maior parte dos afetados pelos estragos estão em Uruguaiana, Itaqui e São Borja, municípios da fronteira com a Argentina. Eles estão à beira do Rio Uruguai que, em alguns pontos, ultrapassou os 4 metros acima do nível de alerta estipulado pela Defesa Civil.
Previsão
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria deve atuar sobre todo o Sul do Brasil entre hoje e amanhã (9), encerrando o período de chuvas constantes e volumosas. A chegada da nova massa de ar, no entanto, será acompanhada de ventos com rajadas entre 50 a 70 km/h, segundo a Epagri/Ciram de Santa Catarina. O órgão não descarta, ainda, a formação de um ciclone no litoral do Rio Grande do Sul.
Durante o fim de semana, o Inmet prevê temperaturas negativas nas regiões serranas do Sul do país, com possibilidade de queda de neve entre a tarde e a noite de amanhã.
Agência Brasil