Autoridades do Irã já prenderam dezenas de supostos membros do Estado Islâmico, na luta contra o grupo extremista após os mortíferos ataques desta semana no coração da capital iraniana. Neste sábado, foram detidas mais sete pessoas acusadas de darem apoio aos autores do ataque, segundo o site da televisão estatal. As prisões ocorreram na província de Alborz, no norte iraniano. Na sexta-feira, o Ministério da Inteligência informou que 41 pessoas já haviam sido colocadas sob custódia, mas sem indicar se elas estavam envolvidas no ataque coordenado da quarta-feira que deixou 17 mortos, na primeira ação do Estado Islâmico em solo iraniano. Os cinco autores do ataque foram mortos. O governo iraniano disse que recebeu a cooperação de famílias de alguns dos supostos militantes detidos na sexta-feira. Ele informou também ter capturado um grande número de armas, materiais para fabricação de bombas, cintos explosivos e aparelhos de comunicação, além de ter identificado vários esconderijos no noroeste iraniano. Os ataques da quarta-feira foram realizados por homens armados e suicidas em dois locais muito protegidos de Teerã: o Parlamento e o mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da Revolução Iraniana de 1979 e fundador da República Islâmica. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pela ação e no dia seguinte autoridades locais disseram acreditar que o grupo de fato estava por trás do ataque. Um grupo muçulmano sunita fundamentalista, o Estado Islâmico vê os xiitas como apóstatas. Em mensagem, o grupo afirmou que os ataques da quarta-feira eram “o início de operações ainda maiores que faremos no Irã”, segundo a agência de notícias Amaq. O episódio deve aumentar a pressão sobre o presidente Hassan Rouhani para que ele acabe com falhas na segurança no país. A poderosa Guarda Revolucionária afirmou que a culpa pelo ataque recai no fim das contas sobre a Arábia Saudita, principal rival regional de Teerã. A Guarda Revolucionária acusa os sauditas de apoiarem o terrorismo. O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, negou as alegações e condenou os ataques.
Bahia Notícias