Um estudo liderado por cientistas da Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Colúmbia, EUA, indicou que casos de febre durante a gravidez podem aumentar o risco de desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O efeito da febre foi mais percebido no segundo trimestre de gestação, quando o risco foi elevado em 40%. Já os filhos de mulheres que relataram três ou mais episódios de febre após a 12ª semana de gravidez tiveram um risco de autismo aumentado em mais de 300%. Segundo o jornal O Globo, até o momento, este foi o estudo mais robusto com o objetivo de explorar o autismo associado a febres durante a gravidez. Foi avaliada ainda a capacidade de medicamentos antifebre comumente utilizados, paracetamol e ibuprofeno. Embora não tenham havido casos de TEA entre crianças de mães que tomaram ibuprofeno, os pesquisadores não confirmaram se o risco está relacionado ao pequeno número de mulheres que usam esse medicamento para tratamento da febre. Foram acompanhadas 95.754 crianças nascidas entre 1999 e 2009, incluindo 583 casos de TEA identificados na Noruega. Do total, 15.701 mães (16%) relataram febre em um ou mais intervalos de quatro semanas durante a gestação. O risco foi elevado em 34% em casos de febre em qualquer momento da gravidez. O número cresce para 40% quando o problema acontece no segundo trimestre. “Nossos resultados sugerem um papel para a infecção materna gestacional e respostas imunológicas inatas à infecção no início de pelo menos alguns casos de transtornos do espectro autista”, afirmou Mady Hornig, primeira autora do estudo, professora de Epidemiologia e diretora de Pesquisa Translacional no CII.
Bahia Notícias