Uso indiscriminado de agrotóxicos na produção de alimentos foi criticado no evento
Durante o seminário “Assistência Técnica e Extensão Rural no estado da Bahia: passado, presente e futuro”, realizado pelo Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, na quarta-feira (14), na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-BA), em Salvador, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) ratificou a necessidade de universalização da política pública como forma de fortalecimento da agricultura familiar. O parlamentar ressaltou ainda a importância para a saúde do produtor e para preservação do solo, dos rios e da biodiversidade presente no campo o enfrentamento ao uso indiscriminado de agrotóxicos na produção de alimentos por meio de orientações técnicas e políticas públicas.
“Há a necessidade de universalizarmos a assistência técnica e extensão rural, na Bahia, como política pública fundamental para que tenhamos uma agricultura sustentável e mais produtiva, livre do uso indiscriminado de agrotóxicos, que, como sabemos, causa severos impactos ao meio ambiente e danos à saúde humana”, enfatizou Galo, que é engenheiro agrônomo e autor do projeto de lei que institui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. A promotora de Justiça Luciana Khoury, que coordenou o evento, avaliou que o produtor rural é o primeiro a sofrer as consequências do manuseio indiscriminado de agrotóxicos no campo. “O trabalhador é que sofre todas as consequências da omissão, da falta de assistência técnica, de todo esse desmantelamento”, criticou.
A Bahia é o estado com o maior número de agricultores familiares do Brasil, com mais de 665 mil estabelecimentos rurais. O estado, que aparece em 7º lugar no ranking do uso de agrotóxicos no país, consome 46% desses princípios ativos utilizados na produção de alimentos no nordeste brasileiro. Também participou da atividade o Movimento dos Pequenos Agricultores, técnicos, engenheiros agrônomos, acadêmicos e interessados no assunto.