A Corte de Apelações de Paris condenou o deputado Paulo Maluf (PP), ex-prefeito de São Paulo, a três anos de prisão por lavagem de dinheiro. Em outubro de 2015, ele já tinha sido condenado em primeira instância. A decisão anunciada hoje (20) confirmou a sentença, informou a magistrada da Corte Magali Josse à Rádio França Internacional (RFI).
A lavagem de dinheiro tem origem no superfaturamento das obras do Túnel Ayrton Senna e da Avenida Águas Espraiadas, no período em que Maluf era prefeito da capital paulista, conforme constatou a Justiça francesa.
Na primeira instância, Maluf, sua esposa Sylvia Lutfalla Maluf e o filho mais velho do casal, Flávio Maluf, foram condenados por agir em associação para ocultar a origem de recursos provenientes de corrupção e desvio de dinheiro no Brasil. Flávio foi condenado também a três anos de prisão e Sylvia a dois anos. Conforme divulgou a RFI, Maluf e seus familiares são acusados de enviar dinheiro para empresas offshore e contas em bancos no exterior.
A justiça francesa confiscou também 1,8 milhão de euros em contas do deputado e da família, além de condenar os três a multas que somam 500 mil euros.
A assessoria de imprensa do deputado informou à Agência Brasil que seus advogados em Paris vão recorrer da decisão.