A grande aposta do Ministério da Saúde para incentivar a vacinação contra HPV é a parceria com o Ministério da Educação, que permite ações nas escolas. Embora tenha sido anunciada antes da divulgação da campanha do HPV, a estratégia por enquanto não vingou. Neste ano foram vacinados 16,5% dos meninos entre 12 e 13 anos. A taxa de cobertura entre meninas entre 2014 e maio deste ano é de 45,1%, bem abaixo da meta, que é imunizar 80% do público-alvo. O Ministério da Saúde disse não ter números sobre quantos municípios e Estados atenderam ao chamado. “Tivemos experiências bem sucedidas, como no Estado de Santa Catarina e na cidade de Niterói. O ideal é que isso seja repetido em outros locais”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues. Ela diz não haver um motivo único para que a adesão de escolas à iniciativa ainda não esteja em níveis considerados ideais. Ela observa, porém, que campanhas nas escolas exigem uma preparação especial. Ao mesmo tempo em que a adesão é baixa, os estoques de vacina continuam altos e parte dela pode vencer em pouco tempo. Pelos cálculos do ministério, centrais estaduais têm cerca de 465 mil doses para vencer até setembro. “Consideramos aceitável uma perda de até 5%. Em nenhum Estado essa marca será atingida, será bem menos. Mas queremos que esse número se reduza ainda mais.” Contados os lotes que vencem no primeiro semestre de 2018, o número salta para 1,64 milhão de doses. Atualmente, no estoque nacional existem 5,6 milhões de doses do imunizante. Além da vacinação nas escolas, que deverá ser retomada no próximo semestre, o governo planeja fazer uma campanha para incentivar a imunização.
Bahia Notícias