As contas de luz deverão ter em julho bandeira tarifária amarela, o que significa a cobrança de um valor adicional junto aos consumidores, devido a chuvas menos abundantes no próximo mês do que em junho, quando a bandeira ficou no patamar verde, que não gera custos adicionais, segundo especialistas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá divulgar nesta sexta-feira qual será a bandeira tarifária das tarifas de eletricidade em julho. A definição leva em conta projeções de chuva na área dos reservatórios das hidrelétricas e de consumo, além de outros fatores.
Um patamar amarelo representa um custo extra de 2 reais a cada 100 kilowatts-hora consumidos, enquanto a bandeira vermelha representa 3 reais adicionais.
“Para julho, a expectativa é de bandeira amarela…uma vez que os reservatórios (das hidrelétrica) se encontram em níveis críticos e as termelétricas são necessárias para garantir o suprimento no período seco. Caso contrário, terminaremos 2017 com pouca segurança”, disse em nota o grupo Delta Energia.
“A falta de chuvas nos últimos dias de junho nas regiões Sul e Sudeste reduziram consideravelmente o volume de água disponível para geração hidrelétrica nessas localidades. Esse fator deve ser determinante para que a bandeira tarifária fique amarela no mês de julho”, disse a consultoria Thymos em nota.
Geralmente, a Aneel define a bandeira tarifária como amarela quando o preço spot da eletricidade ultrapassa 211 reais por megawatt-hora, enquanto a bandeira vermelha é acionada com preços spot acima de 422 reais.
Na plataforma de comercialização de energia elétrica BBCE, contratos para julho foram negociados na quinta-feira a 216 reais por megawatt-hora, o que mostra que operadores do mercado de eletricidade preveem a necessidade de acionamento da bandeira amarela.
R7