A cidade amanheceu em festa, neste domingo (2), com manifestações de patriotismo e orgulho pela conquista da Independência do Brasil na Bahia. A novidade deste ano foi que, em todo o percurso do cortejo cívico, na primeira parte da festa, pela manhã, a Prefeitura implantou totens informativos revelando a história de cada local na luta pela liberdade dos baianos. Até porque o tema da festa deste ano foi “Salvador – Marco da Independência”. A iniciativa foi promovida pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), e teve como intuito contar as batalhas, situações e personagens que participaram das lutas na capital baiana.
Os oito totens, com 2,40m de largura e 4,20m de altura,, foram colocados em locais emblemáticos como o Largo da Lapinha, a Praça da Piedade, a Praça 2 de Julho (Campo Grande) e o Largo do Pelourinho. Nos totens, além das imagens, o público conferiu um pequeno relato da história de cada um dos momentos importantes da luta, ocorrida entre 19 de fevereiro de 1822 até 2 de julho de 1823. E mais: cerca de 150 galhardetes foram fixados em postes no trecho entre a Lapinha e o Campo Grande.
“Essa é uma data importante não só pela tradição e reconhecimento dos heróis da Bahia, mas sobretudo pelo significado democrático. Uma festa que mostra que os heróis não são só da nossa independência, mas também do dia a dia. E faz da Bahia um estado diferente e tenho orgulho de participar, mais uma vez, como prefeito, recebendo e retribuindo o carinho das pessoas pelo nosso trabalho”, afirmou o prefeito ACM Neto, que caminhou todo o trajeto, mesmo com o dedo do pé quebrado após brincar de bola com as filhas, ontem (01).
A decoração teve aparência em estilo clássico e as cores predominantes são o azul, vermelho e branco, em referência à bandeira da Bahia, e o verde e amarelo, que remete a duas das cores da bandeira brasileira. Além disso, as peças trazem imagens de oito importantes momentos da luta em Salvador: Batalha de Pirajá; Batalhas do Rio Vermelho e Pituba; Primeiros Conflitos: Mercês, Piedade e Campo da Pólvora; Entrada do Exército Pacificador; Cortejo da Festa da Vitória; Liberdade – O Primeiro Passo / Deposição da Junta Provisória; e Mártir da Independência. A cenografia foi totalmente concebida pelo artista Euro Pires.
Em 2017, as comemorações pela Independência da Bahia completam 194º anos de história. A data é uma das celebrações mais importantes do calendário cívico do estado e faz referencia a resistência e luta do povo baiano para romper com a coroa portuguesa e deixar a configuração de colônia. “A gente manteve a tradição, como o Encontro de Filarmônicas pela tarde e o Baile da Independência amanhã, mas inovamos com os totens”, contou o presidente da FGM, Fernando Guerreiro. Ele voltou a defender ainda a implantação do Memorial Dois de Julho na Lapinha, onde o Caboclo e a Cabocla poderão ser visitados o ano inteiro, com muitos recursos audiovisuais. O projeto já está pronto.
Patrimônio É– Na terça-feira (04), ainda como parte da programação especial voltada a comemoração pela Independência do Brasil na Bahia, será promovido mais uma edição do evento Patrimônio É. A roda de conversa, promovida através FGM, vai tratar do assunto patrimônio cultural com o tema “Dois de Julho – Símbolos da Independência”. O evento gratuito e aberto ao público e ocorre às 18h, no Espaço Cultural da Barroquinha.
A mesa terá como convidados a professora e escritora Antonietta Nunes, autora do livro “Salvador, a primeira capital do Brasil”; do cientista social e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Fábio Baldaia; do maestro Fred Dantas, um dos idealizadores do Encontro de Filarmônicas do 2 de Julho; e Tata Anselmo Santos, do Terreiro Mokambo, localizado no bairro do Trobogy.
Foto: Valter Pontes